Domingo, 31 de agosto de 2025, Dia Nacional do Catequista. Nesta nobre data, a Diocese de Palmas-Francisco Beltrão, celebra dois eventos de grande relevância pastoral. É o Jubileu Diocesanos dos Catequistas e a Instituição do Ministério de Catequista. São 4.156 catequistas, 27.184 catequizandos nas mais de 1025 comunidades que formam as 47 paróquias, no Sudoeste do Paraná, território desta Igreja Particular. Serão 176 catequistas que, durante a Celebração Eucarística e Jubilar, serão instituídos no ministério de catequistas, conforme estabeleceu o saudoso e querido Papa Francisco, pela Carta Apostólica Antiquum Ministerium – o Ministério Antigo de Catequista na Igreja, em maio de 2021.
Desde os seus primórdios, a comunidade cristã conheceu uma forma difusa de ministerialidade, concretizada no serviço de homens e mulheres que, obedientes à ação do Espírito Santo, dedicaram a sua vida à edificação da Igreja. Os carismas, que o Espírito nunca deixou de infundir nos batizados, tomaram em certos momentos uma forma visível e palpável de serviço à comunidade cristã nas suas múltiplas expressões, chegando ao ponto de ser reconhecido como uma diaconia indispensável para a comunidade.
Um ministério laical
É necessário sublinhar que se trata de um ministério laical, que tem por fundamento a condição comum de batizado e o sacerdócio real recebido no Sacramento do Batismo e é essencialmente distinto do ministério ordenado, que se recebe com o Sacramento da Ordem. A sua vida diária é tecida de encontros e relações familiares e sociais, o que permite verificar como são especialmente chamados a tornarem a Igreja presente e ativa naqueles locais e circunstâncias em que, só por meio deles, ela pode ser o sal da terra. Entretanto, é bom recordar que, além deste apostolado, os leigos são chamados, por diversos modos, a uma colaboração mais imediata no apostolado da Igreja, à semelhança daqueles homens e mulheres que ajudavam o apóstolo Paulo no Evangelho, trabalhando muito no Senhor.
No entanto, a função peculiar desempenhada pelo Catequista especifica-se dentro doutros serviços presentes na comunidade cristã. Com efeito, o Catequista é chamado, antes de mais nada, a exprimir a sua competência no serviço pastoral da transmissão da fé, que se desenvolve nas suas diferentes etapas: desde o primeiro anúncio que introduz no querigma, passando pela instrução que torna conscientes da vida nova em Cristo e prepara de modo particular para os sacramentos da iniciação cristã, até à formação permanente que consente que cada batizado esteja sempre pronto “a dar a razão da sua esperança”. O Catequista é simultaneamente testemunha da fé, mestre e mistagogo, acompanhante e pedagogo que instrui em nome da Igreja. Uma identidade que só mediante a oração, o estudo e a participação direta na vida da comunidade é que se pode desenvolver com coerência e responsabilidade.
Catequistas por vocação!
Este ministério possui uma forte valência vocacional, que requer o devido discernimento por parte do Bispo e se evidencia com o Rito de instituição. De fato, é um serviço estável prestado à Igreja local, à Diocese, de acordo com as exigências pastorais identificadas pelo bispo do lugar, mas desempenhado de maneira laical como exige a própria natureza do ministério. Convém que, ao ministério instituído de Catequista, sejam chamados homens e mulheres de fé profunda e maturidade humana, que tenham uma participação ativa na vida da comunidade cristã, sejam capazes de acolhimento, generosidade e vida de comunhão fraterna, recebam a devida formação bíblica, teológica, pastoral e pedagógica, para ser solícitos comunicadores da verdade da fé, e tenham já maturado uma prévia experiência de catequese. Requer-se que sejam colaboradores fiéis dos presbíteros e diáconos, disponíveis para exercer o ministério onde for necessário e animados por verdadeiro entusiasmo apostólico em todas as comunidades diocesanas.
Dom Edgar Xavier Ertl – Diocese de Palmas-Francisco Beltrão





