Em partida da 16ª rodada do Brasileirão, o Clube do Povo empatou sem gols com o Bragantino, fora de casa, nesta tarde de domingo (23/07). O resultado do confronto, que marcou as estreias de Eduardo Coudet e Sergio Rochet, leva o Inter aos 23 pontos na tabela.
Em sua reestreia pelo Colorado, Eduardo Coudet promoveu a estreia de Sergio Rochet na meta do Clube do Povo e modificou a disposição tática da equipe. Nico Hernández e Mercado formaram a dupla de zaga do Inter, que também contava com Renê e Bustos livres para apoiar, quatro meio-campistas – Johnny na primeira função, Aránguiz à frente, centralizado, Carlos de Pena na direita e Wanderson na esquerda – e dois atacantes.
A referência ofensiva ficou com Enner Valencia, enquanto Alan Patrick se movimentava para conectar os setores. Nessa disposição, tanto o camisa 10 quanto o centroavante equatoriano assustaram antes dos 15 minutos, mas tiveram seus arremates travados pela marcação. Bem postado no campo de ataque, o Inter pressionava a saída de jogo do Bragantino, forçava erros do adversário e criava um ciclo de pressão em cima dos paulistas.
Melhor em campo, o Clube do Povo balançou as redes no 15º minuto, mas de maneira irregular. Pela esquerda da área adversária, Wanderson encarou a marcação, cortou para a perna direita e bateu rasteiro. Cleiton salvou, Alan Patrick ficou com o rebote e mandou para as redes. Antes mesmo de comemorar, o craque colorado viu que a bandeira do auxiliar denunciava impedimento no lance.
A resposta mandante foi quase imediata. Pela direita, o Red Bull Bragantino superou a primeira linha de pressão do Inter e, com Sorriso, saiu de frente para Rochet. Sem ângulo, o atacante adversário tentou a assistência para Vitinho, mas Fabricio Bustos deu preciso carrinho, resvalou no passe e mudou a direção da bola.
O jogo franco obrigou as equipes a reforçarem as atenções na defesa. Consequentemente, os chutes de longa distância começaram a ser explorados. Hurtado e Sasha, do lado do Bragantino, apostaram na força, mas não acertaram o retângulo. Johnny, para o Inter, teve classe para arrematar colocado. Rasteira, a finalização do meio-campista foi defendida por Cleiton.
Às vésperas do intervalo, Valencia voltou a aparecer. Inteligente para se desmarcar através de movimentos em diagonal, o equatoriano recebeu, aos 39, na altura da quina direita da área. Rasteiro, o chute do centroavante tirou tinta do poste. Já aos 48, Enner surgiu na esquerda, partiu para dentro de Natan, fez a finta na troca da passada e soltou a bomba. Com desvio na zaga, o chute saiu por cima.
O Inter voltou melhor para o segundo tempo. Logo no primeiro minuto, Valencia mostrou que a postura de pressão no campo de ataque seria continuada. Após recuperar a posse no setor ofensivo, o equatoriano conduziu até a entrada da área e tentou a assistência, antecipada pela marcação. Na sobra, Wanderson devolveu para Enner, que soltou a bomba, mas também bloqueada.
Mais tarde, aos nove, Carlos de Pena bateu escanteio pela esquerda, Wanderson emendou bonito chute na segunda trave e, de primeira, exigiu defesa de Cleiton. Como resposta, o Bragantino explorou a velocidade de sua linha ofensiva e sobrecarregou a defesa alvirrubra através das trocas de posição entre Sorriso e Lucas Evangelista. Seguro, Rochet fez boas intervenções quando necessário.
Decidido a buscar os três pontos, Pedro Caixinha tornou os paulistas ainda mais ofensivos quando, aos 14 minutos, colocou Bruninho e Thiago Borbas nas vagas de Sorriso e do volante Matheus Fernandes. Dois minutos depois, o preço da nova escalação quase foi cobrado. Lançado por Alan Patrick, Valencia voltou a invadir a área pela esquerda e chutou, mais uma vez, com desvio em Natan. Teimosa, a bola tocou na ponta dos dedos de Cleiton e beijou o poste.
A posse de bola mandante cresceu a partir dos 20. De cruzamento em cruzamento, o Bragantino tomou as rédeas da partida, mas sofreu para incomodar Rochet. Aos 33, Matheus Dias e Campanharo substituíram Carlos de Pena e Aránguiz, aumentando a combatividade do meio de campo alvirrubro. A cria do Celeiro de Ases entrou pela direita, enquanto Gustavo assumiu a segunda função, próximo a Johnny.
Na reta final, cada time teve sua chance. Léo Ortiz, da entrada da área, aproveitou a sobra de escanteio parcialmente cortado pela zaga do Inter e soltou a bomba no travessão de Rochet. A réplica alvirrubra chegou com Valencia. Primeiro, o centroavante sofreu, dentro da área, violento carrinho de Ortiz, que já tinha amarelo. Tanto o árbitro quanto o VAR mandaram seguir. Depois, Enner recebeu bola alçada por Renê e cabeceou para o chão. Cleiton salvou.
Fonte: Internacional.com.br
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