A chanceler alemã, Angela Merkel, foi neste domingo, 18, a uma das regiões mais afetadas pelas devastadoras enchentes no oeste da Alemanha. A visita ocorre enquanto o número de mortos no país chega a 156 pessoas e o perigo de transbordamentos aumenta nas regiões leste e sul.
O governo da Bélgica confirmou ontem 24 óbitos, mas estima que haja mais mortos na tragédia.
Até ontem a maioria dos desaparecidos havia sido contabilizada, mas o recuo das águas começava a revelar a extensão dos danos. “Muitas pessoas perderam tudo o que passaram suas vidas construindo. Seus pertences, sua casa, o telhado sobre suas cabeças”, disse o presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, após visitar a cidade de Erftstadt. Os militares alemães usam veículos blindados para remover carros e caminhões arrastados pelas enchentes em uma estrada próxima à cidade. Até a tarde de ontem, nenhuma vítima foi encontrada nos veículos, disseram as autoridades.
Na área de Ahrweiler, a polícia alertou sobre um risco potencial de linhas de transmissão de energia que desabaram. Muitas áreas ainda estão sem eletricidade e telefone.
Fortes inundações também afetaram Holanda, Luxemburgo e Suíça, e alertas foram emitidos em regiões da França.
No sul da Holanda, voluntários trabalharam para escorar diques e proteger as estradas. Milhares de moradores puderam voltar para casa na manhã de ontem, após terem deixado as residências entre quinta e sexta-feira.
A tempestade – em níveis não vistos na região nos últimos 100 anos – desencadeou apelos para que se acelerem as ações contra as mudanças climáticas e a proteção contra enchentes em meio a eventos climáticos irregulares. A tragédia ocorre um dia depois de a UE anunciar planos ambiciosos para reduzir, em menos de uma década, as emissões líquidas de gases do efeito estufa em pelo menos 55% abaixo dos níveis de 1990. (Com agências internacionais)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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