As diligências da Black Flag se deram na terça, 11, com o cumprimento de 12 mandados de prisão e 70 de busca e apreensão no Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal. Na ocasião, três investigados não foram encontrados.
De acordo com a PF, as fraudes foram descobertas a partir de fiscalizações da Receita Federal, que detectou movimentações financeiras suspeitas. Com o avanço da investigação, que já dura dois anos, os agentes chegaram a uma rede de pessoas físicas e jurídicas fictícias usada nas operações.
“Tendo por único objetivo sustentar os integrantes da organização criminosa em padrão de vida cinematográfico com a aquisição de veículos de luxo, imóveis, lancha no valor de 5 milhões de reais e até ao patrocínio de esporte automobilístico. Para proteger o patrimônio foram criadas empresas para assumir a propriedade de bens e blindá-los de eventuais ações fiscais, cujos créditos já apurados pela Receita Federal ultrapassam 150 milhões de reais”, afirmou a Polícia Federal em nota divulgada quando a ofensiva foi aberta
Na ponta, as fraudes começaram com recursos públicos, já que a primeira empresa fictícia obteve, em 2011, contratos com a Desenvolve SP, estatal de fomento paulista, e com a Caixa Econômica Federal no valor total de R$ 73 milhões – o que, em valores corrigidos, importa em aproximadamente R$ 100 milhões.
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