Ipardes amplia Índice de Preço Regional que registra queda

O Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) lançou, nesta terça-feira (12), a nova edição do Índice Ipardes de Preço Regional (IPR), ampliando a cobertura de municípios e produtos pesquisados. Agora, o levantamento analisa preços em nove cidades (antes eram seis) e acompanha 91 produtos (antes, 35).

A primeira divulgação com a metodologia expandida confirmou a segunda queda consecutiva no índice. Em julho, os preços de alimentos e bebidas no Paraná recuaram 0,72%, após variação negativa de 0,53% em junho.

O Paraná é o único estado do país a disponibilizar um índice regional de preços para alimentos e bebidas. Para o secretário do Planejamento, Ulisses Maia, a ampliação torna o levantamento “mais completo e preciso”, beneficiando consumidores e comerciantes.

Novas cidades no Índice

Passaram a integrar a pesquisa Pato Branco, Umuarama e Guarapuava, além de Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel, Ponta Grossa e Foz do Iguaçu. Todas as cidades registraram queda em julho, com destaque para Foz do Iguaçu (-1,09%), Londrina (-0,92%) e Curitiba (-0,89%).

Segundo o presidente do Ipardes, Jorge Callado, o aumento do número de municípios e itens pesquisados “dá mais densidade” ao levantamento, que é referência para entender o comportamento dos preços no estado.

Itens que mais caíram

A retração foi puxada pela safra de tubérculos, raízes e legumes, com queda de 12,05%, influenciada principalmente pela batata e cebola. Outros destaques negativos foram ovos de galinha (-5,68%) e cereais (-3,51%). Dos 18 subgrupos analisados, 10 tiveram recuo.

O diretor de estatística do Ipardes, Marcelo Antônio, afirmou que “mais da metade dos subgrupos registrou queda, indicando que a redução pode se manter nos próximos meses”.

Metodologia ampliada

Criado em 2022, o Índice de Preços Regional utiliza dados de notas fiscais eletrônicas, garantindo alta precisão. Com a nova metodologia, o número de estabelecimentos pesquisados passou de 366 para 583, e o volume de notas fiscais analisadas saltou de 400 mil para 2,5 milhões por mês.

Para Marcelo Antônio, a ampliação “permite captar com mais exatidão as variações de preços do que os paranaenses consomem, tornando o indicador ainda mais assertivo”.

Os resultados completos do Índice estão disponíveis no painel interativo do Ipardes, na aba de estatísticas do site oficial.

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