O resultado ficou acima da mediana das estimativas do mercado financeiro, calculada em 0,65%, e dentro do intervalo de previsões dos analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de 0,46% a 0,78%.
Com o resultado agora anunciado, o IPCA-15 acumulou um aumento de 4,88% no ano. A taxa em 12 meses ficou em 8,59%. As projeções iam de avanço de 8,31% a 8,65%, com mediana de 8,51%.
Principal vilã da inflação apontada pelo IPCA-15, a energia elétrica ficou 4,79% mais cara, informou o IBGE. Foi o item de maior impacto de alta no indicador de julho, contribuindo com 0,21 ponto porcentual da alta de 0,72% no agregado. Com isso, o grupo Habitação avançou 2,14%, com impacto de 0,33 ponto no agregado, o maior entre os nove grupos de despesa.
A alta da conta de luz no IPCA-15 de julho já foi influenciada pelo reajuste da taxa adicional da bandeira vermelha. “A bandeira tarifária vermelha patamar 2 vigorou nos meses de junho e julho, mas, a partir de 1º de julho, houve reajuste de 52% no valor adicional dessa bandeira tarifária, que passou a cobrar R$ 9,492 a cada 100 kWh consumidos. Antes, o acréscimo era de R$ 6,243”, diz nota agora divulgada pelo IBGE.
Além da cobrança adicional, a leitura de julho do IPCA-15 também captou reajustes tarifários de 11,38% em São Paulo, a partir de 4 de julho, e de 8,97% em Curitiba, a partir de 24 de junho.
Os preços dos itens da moradia ficaram pressionados para além da conta de luz. Os preços do gás de botijão (3,89%) e do gás encanado (2,79%) também subiram. Segundo o IBGE, no gás encanado, a alta foi puxada pelo reajuste de 9,63% no segmento residencial em São Paulo, a partir de 31 de maio.
A tarifa de água e esgoto subiu 0,21% no IPCA-15 de julho, por conta dos reajustes de 6,90% em Porto Alegre, vigente desde 1º de julho, e de 5,78% em Curitiba, ocorrido em 17 de maio.
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