A medalha de ouro foi para os cubanos Serguey Torres Madrigal e Fernando Dayan Jorge Enriquez, que venceram com novo recorde olímpico: 3min24s995. Logo atrás vieram os chineses Hao Liu e Pengfei Zheng, com 3min25s98. O bronze foi para os alemães Sebastian Brendel e Tim Hecker, com 3min25s615.
Em Tóquio, Isaquias, de 27 anos, formou parceria com Jacky porque Erlon de Souza, medalhista no Rio-2016 ao seu lado, não se recuperou a tempo de uma lesão no quadril e acabou sendo cortado às vésperas da Olimpíada. Jacky, de 22 anos, já treinava com a dupla anteriormente, o que favoreceu o entrosamento com a maior esperança do Brasil na canoagem velocidade.
A ausência do parceiro foi apenas mais um obstáculo enfrentado por Isaquias em sua preparação para Tóquio. O maior de todos foi a perda do treinador Jesus Morlán, espanhol que levou a canoagem brasileira para um outro patamar, mas que faleceu em novembro de 2018. O auxiliar Lauro de Souza Júnior assumiu os treinamentos na canoa, seguindo todos os ensinamentos do antigo técnico.
Na final desta segunda, Isaquias e Jacky, baianos de Ubaitaba e Itacaré, respectivamente, largaram bem e passaram em terceiro nos primeiros 250 metros. Caíram para o quarto lugar na metade do trajeto e mantiveram o posto quando entraram nos últimos 250m. Na reta final, aumentaram o ritmo na tentativa de ao menos alcançar os rivais alemães, sem sucesso.
Isaquias e Jacky haviam estreado em Tóquio na noite de domingo, numa performance abaixo do esperado na fase classificatória. Poderiam ter ido direto à semifinal se terminassem a bateria entre os dois melhores, mas ficaram apenas em terceiro. Assim precisaram voltar ao Sea Forest no mesmo dia para disputar as quartas de final, quando não decepcionaram.
Tanto nas quartas, no domingo, quanto na semifinal, nesta segunda (pelo horário de Brasília), eles adotaram a cautela e usaram da estratégia para evitar maior desgaste. Ou seja, não venceram e fizeram apenas o necessário para avançar, guardando energia para a grande final.
Primeiro brasileiro a conquistar três medalhas numa mesma edição dos Jogos, no Rio-2016, Isaquias chegou a Tóquio com status de favorito ao pódio. E avisou que sua busca é pelo ouro, que deixou escapar no Rio de Janeiro, quando faturou duas pratas, uma delas justamente no C2 1000 e a outra no C1 1000, e um bronze, no C1 200, prova que deixou o programa olímpico.
Na capital japonesa, o canoísta vai disputar ainda a C1 1.000m. As eliminatórias e as quartas de final da prova estão marcadas para a noite de sexta-feira. No sábado, serão realizadas as semifinais e a final.
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