A perda auditiva tem várias causas, entre elas o envelhecimento. Isso ocorre porque as células ciliadas da orelha, responsáveis pela audição, vão morrendo com o passar do tempo. Essa situação piora a partir dos 50 anos.
“Alguns indivíduos perdem a audição mais cedo que outros, mas é a partir dos 50 anos, na maior parte das vezes, que as pessoas começam a observar as primeiras dificuldades para ouvir. Depois dos 60 anos, o quadro pode ir acentuando. Por isso, é importante buscar ajuda aos primeiros sinais de incômodo”, explica a fonoaudióloga Rafaella Cardoso.
O processo de perda de audição fica mais acelerado na Terceira Idade. É o que os especialistas chamam de presbiacusia. No entanto, a perda auditiva vem atingindo cada vez mais a população jovem e adulta.
Com a exposição prolongada a sons muito altos, principalmente por causa do hábito de ouvir música em fones de ouvido, os brasileiros estão tendo problemas auditivos mais cedo. De acordo com a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia (ABO), hoje, mais de 20 milhões de brasileiros têm alguma dificuldade para ouvir.
Estudos da entidade comprovaram que quem precisa e não usa aparelho auditivo enfrenta frequentemente grande dificuldade para participar de atividades sociais, principalmente no ambiente familiar e entre amigos. Isso pode provocar efeitos psicológicos negativos, como isolamento, insegurança, tristeza, irritação, medo e até depressão.
“Fica aqui o nosso alerta para a importância de se buscar o quanto antes a orientação de um médico otorrinolaringologista ou um fonoaudiólogo. O especialista vai verificar o tipo e o grau de perda auditiva e indicar o melhor tratamento. Na maioria dos casos, o uso de aparelho auditivo melhora a condição auditiva do indivíduo”, ressalta a fonoaudióloga.
Como a expectativa de vida dos brasileiros vem aumentando a cada ano e o processo de perda auditiva está mais acelerado, atingindo até mesmo adultos com vida profissional intensa devido à overdose de barulho na sociedade atual, é importante ficar atento e se cuidar o quanto antes para manter uma boa comunicação com familiares, amigos e colegas de trabalho.
Pesquisa realizada nos Estados Unidos, com 1.500 pessoas com déficit de audição, mostrou que nove entre 10 usuários de aparelho auditivo afirmaram terem melhor qualidade de vida após a aquisição de uma prótese auditiva.
“Antigamente o transtorno era grande. Quem tinha problemas de audição usava aparelhos auditivos enormes, que causavam constrangimento. Por isso, muitos resistiam e preferiam ficar sem ouvir. Mas atualmente, com a evolução tecnológica, temos aparelhos auditivos com tanta tecnologia quanto os celulares e que trazem enormes benefícios. Muitas vezes, as pessoas em volta nem notam o aparelho auditivo, de tão discreto que ele é. Ninguém mais precisa sofrer com isolamento, solidão e desânimo porque não ouve bem. Os aparelhos auditivos resgatam os sons e permitem que se viva com alegria e disposição”, reforça a especialista.
Aparelho ideal
Existe uma infinidade de modelos de aparelho auditivo. No entanto, todos os aparelhos são compostos pelas seguintes partes:
• Microfone: responsável por captar o som, transformar em sinais elétricos e enviar para o amplificador;
• Amplificador: nessa parte os sinais elétricos são convertidos em sinais digitais que são ajustados de acordo com as configurações para cada usuário;
• Alto-falante: aqui, os sinais são convertidos em sons audíveis que são enviados para o ouvido do usuário e, em seguida, decodificados pelo cérebro;
• Bateria: é a fonte de energia do aparelho auditivo.
Encontrar o aparelho ideal requer bastante atenção aos detalhes, e é essencial o acompanhamento do fonoaudiólogo nesse momento. O profissional é o único que saberá analisar seu caso e indicar o aparelho correto. Depois de encontrar o modelo de dispositivo mais adequado é feito um teste para certificar que o aparelho melhora a audição. (Assessoria)
Vantagens do uso de aparelho auditivo
– Melhora da autoestima
– Melhora nos relacionamentos com a família e amigos
– Melhora do foco e concentração
– Produzir mais no trabalho e com maior eficiência
– Maior bem-estar físico
– Sentir-se mais independente e seguro
– Menor sensação de cansaço
– Mais disposição e confiança para participar de reuniões sociais