Durante as Liturgias do ano de 2023, acompanhamos a grande obra da Redenção realizada pela Encarnação, vida, paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo, complementada pelo envio do Espírito Santo. O Ano Litúrgico encerra-se com a proclamação solene da soberania de Jesus: Jesus Cristo, Rei do Universo, neste domingo, 26 de novembro. Jesus Cristo, o Salvador, bem merece este título e muito mais. A Igreja proclama Jesus Cristo Rei do Universo. Que sentido tem este título? Por que Rei, e não Presidente, Chefe, Comandante? Por outro lado, porque proclamá-lo Rei, quando em diversas ocasiões que queriam proclamá-lo rei, ele fugia e se retirava para a montanha? Diga-se, de passagem, este título que a Igreja atribui a Jesus Cristo tem apenas uma analogia, uma semelhança, com os reis dos reinos humanos. Jesus fugiu quando, após a multiplicação dos pães, queriam proclamá-lo rei, porque o povo compreendia este título e esta tarefa igual a dos reis humanos de seu tempo. Homens que se tornam senhores de uma nação, lutam e derrotam seus inimigos, oprimem o povo, e, eventualmente, estabelecem a justiça. O Reino de Jesus Cristo tem algumas semelhanças, mas é muito diferente dos reinos políticos humanos.
Um Rei, cujo poder é o Amor!
A Escritura atribui a Jesus o título de Rei. E a Igreja o proclama solenemente. O interessante é que, oficialmente, esta festa do Reinado de Cristo foi instituída pelo Papa Pio XI, no século XX, quando já não havia quase reinos e reis. Certamente não proclamou antes por causa da ambiguidade que a imagem dos reis terrenos ia projetar sobre Jesus Cristo. Jesus realmente é Rei no sentido da Escritura. E este título ele o conquistou, não com exércitos e guerras, mas com sua Encarnação, sua vida humilde, sua morte e ressurreição, como demonstração suprema de seu amor ilimitado e infinito por todos os humanos. Por ser Filho de Deus ele é Rei por natureza, e pela sua Encarnação, morte e Ressurreição ele é Rei por conquista. No Prefácio desta Solenidade vamos rezar com toda a Igreja: “Com óleo de exultação, consagrastes sacerdote eterno e rei do universo vosso Filho único, Jesus Cristo, Senhor nosso. Ele, oferecendo-se na cruz, vítima pura e pacífica, realizou a redenção da humanidade. Submetendo ao poder de toda criatura, entregará à vossa infinita majestade um reino eterno e universal: reino da verdade e da vida, reino da santidade e da graça, reino de justiça, do amor e da paz”.
Vocação e missão dos leigos
Também neste domingo, 26, louvamos e agradecemos ao Pai pela vocação e pela missão de todos os leigos e leigas de nossa Igreja. A Diocese de Palmas-Francisco Beltrão é gigante em vocações laicais. Uma plêiade de homens e mulheres que a partir do batismo, ou seja, da inserção na vida de Jesus Cristo e na Igreja, são testemunhas fiéis e comprometidas com o projeto dele com a Evangelização. São quase 40 pastorais, movimentos e serviços apostólicos que são dinamizados diariamente pela ação dos leigos e leigas. Nossa Igreja Local se torna, cada vez mais, pela vida dos batizados leigos, sal e luz no coração do Sudoeste do Paraná, nosso território diocesano e eclesial. Preces de gratidão pela vocação dos leigos e leigas, homens e mulheres comprometidos com as causas do Reino de Jesus e com o serviço do amor transformador que a Igreja realiza nesta porção do povo de Deus.
Ano Vocacional
Outro evento relevante, cujo tempo cronológico, neste domingo, 26, tem o seu ocaso, é o Terceiro Ano Vocacional da Igreja do Brasil. Na oração recitada em todas as Igreja e Comunidades, suplicávamos ao Senhor: “Senhor Jesus, enviado do Pai e Ungido do Espírito Santo, que fazeis os corações arderem e os pés se colocarem a caminho, ajudai-nos a discernir a graça do vosso chamado e a urgência da missão…”. Deus seja bendito pelas inúmeras vocações fiéis ao vosso chamado!
Dom Edgar Xavier Ertl – Diocese de Palmas-Francisco Beltrão
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