O relatório também divulgou o valor total do montante movimentado pelo mercado da bola na última década. Ao todo, foram US$ 48,5 bilhões (R$ 250 bi) envolvidos em 133.225 negociações de atletas de todas as nacionalidades, ao redor do planeta, durante o período. O recorde de transferências ocorreu em 2019, com a assinatura de 18.079 contratos.
Os 30 clubes que mais gastaram dinheiro são todos da Europa, mercado com as ligas mais fortes do futebol mundial. Entre eles, 12 são da Inglaterra, cinco da Espanha, outros cinco da Itália, três da Alemanha, dois da França, dois de Portugal e um da Rússia. Os gastos com transferências destas equipes representam 47% do total mundial no período analisado.
Financiado pelo dinheiro árabe, o Manchester City aparece na liderança entre os que mais investiram. Somente nesta janela, a equipe de Pep Guardiola desembolsou 117 milhões de euros (R$ 716,5 mi) para contratar junto ao Aston Villa o meia Jack Grealish, o jogador britânico mais caro da história. A lista é seguida por Chelsea, Barcelona e Paris Saint-Germain. Dos três últimos, apenas o time espanhol não conta com um forte investimento estrangeiro e amarga grave crise financeira e política, coroada com a saída de Lionel Messi para o PSG. O relatório não apresenta os valores movimentados.
A Premier League, liga responsável por organizar o Campeonato Inglês, é a que mais gastou, com US$ 12,4 bi (R$ 64,3 bi) em compras nesses últimos dez anos, seguido pela espanhola LaLiga (US$ 6,7 bi) e da italiana Série A (US$ 5,6 bi). A China, que tenta criar uma competição poderosa e atrativa, está em 7º lugar na tabela, com gastos no valor de US$ 1,7 bilhão.
Fora da Europa, os times de futebol que mais gastam com transferências por confederação são o chinês Guangzhou Evergrande, na Ásia, o egípcio Pyramids FC, na África, o mexicano Tigres, na América do Norte, e o Flamengo, na América do Sul. O time carioca é responsável pelas três maiores contratações da história do futebol brasileiro: Pedro, por R$ 87 milhões; Gabriel Barbosa, por R$ 79 mi; e De Arrascaeta, por R$ 63,7 mi.
A Fifa ainda indicou que houve aumento nas comissões pagas aos agentes de jogadores, em valor que saltou de US$ 131,1 milhões em 2011, para US$ 640,5 milhões em 2019. Por outro lado, houve uma estabilização no montante do mecanismo de solidariedade, que é destinado aos clubes formadores, que foi de US$ 38 milhões em 2011, e US$ 38,5 milhões em 2020.
Comentários estão fechados.