Foi realizada nesta quarta-feira (26), a segunda jornada tecnológica do leite a pasto, evento promovido para debater sobre as diversas etapas da cadeia produtiva do leite na região. O evento foi promovido na unidade do IDR-PR, em Pato Branco, e contou com a participação de técnicos agrícolas, profissionais de agronomia, estudantes de casas familiares rurais, representantes de entidades ligadas a cadeia produtiva, entre outros participantes.
A promoção é do IDR-PR, em parceria com a Unidade Mista de Pesquisa e Transferência de Tecnologia do Sudoeste do Paraná (UMIPTT). Na programação estiveram palestras que abordaram aspectos das várias etapas da cadeia produtiva.
No início da tarde, foi realizada a palestra “Custos de Produção do Leite no Sistema de Produção do IDR-PR de Pato Branco”, com o pesquisador André da Silveira. Na sequência os participantes acompanharam a fala sobre manejo de ordenha e higiene de equipamentos para a produção de leite de qualidade, com Márcio Junior Sipp, e por fim a programação contou com a fala sobre manejo de pastagens para produção de leite, com Simony Lugão.
De acordo com o pesquisador André da Silveira, a programação do evento promove a oferta de conhecimento para que os produtores consigam aliar a redução de custos de produção com a qualidade final dos produtos. “Isso para que ocorra renda, que sustente o produtor na atividade, que sustente a atividade leiteira. Basicamente o custo de produzir um leite de boa qualidade está voltado ao manejo da ordenha e a sua higiene. E isso, nos custos de produção que a gente levantou, é de 4% a 5% do custo de produção do leite. Quer dizer, não é um custo que eleve tanto, e você garante a qualidade para o produto e para os seus derivados”, disse o pesquisador.
Segundo Norma Kiyota, coordenadora geral da unidade de Pato Brando do IDR-PR, o encontro é fundamental para a região, que é concentra a maior bacia leiteira do estado do Paraná, e que produz queijos premiados internacionalmente.
Custos
Segundo Silveira, hoje a maior parte dos custos de produção na área leiteira se relaciona com a alimentação. “Isso vai de 60% a até 80% do custo num sistema pastoril intensivo que é o que a gente tem trabalhado. Esse sistema se viabiliza quando o produtor cuida bem do seu solo, da sua pastagem. A gente tenta mostrar para os produtores hoje que o gasto que ele tem com adubação e treinamento de bom manejo não é um gasto, e sim um investimento. A partir do momento que você tem uma boa pastagem produzida, que você maneja os fatores de produção, você consegue produzir um leite de baixo custo, mas em quantidade suficiente para alcançar uma rentabilidade adequada”, disse o profissional.