Segundo nota emitida pelo H.R.O., ele teve boa recuperação durante os sete dias em que permaneceu internado. “Solucionadas todas as lesões causadas pelo próprio paciente; apresenta condições clínicas e cirúrgicas de seguimento ambulatorial”, diz a nota.
Um forte esquema de segurança foi montado para a transferência ainda durante a madrugada. O trajeto do hospital até o presídio, que fica a cerca de 20 quilômetros da unidade hospitalar, durou cerca de 15 minutos.
O jovem, que já estava com prisão preventiva decretada, foi ouvido pela Polícia Civil ainda na segunda-feira, 10, no Hospital Regional do Oeste. Segundo o delegado regional de polícia, Ricardo Casagrande, o interrogatório durou cerca de uma hora. “Ele tinha o direito de permanecer em silêncio, mas decidiu responder todas as perguntas”, afirmou.
Em nota, a Polícia Civil informou que o conteúdo do depoimento será divulgado após finalização do inquérito. Uma coletiva de imprensa deve ser marcada ainda esta semana.
“O teor do interrogatório não pode ser divulgado pois ainda restam alguma diligências a serem adotadas até a finalização do inquérito que deve ocorrer nessa semana” diz a nota.
Na terça-feira, 11, debaixo de chuva, uma cerimônia na creche Pró Infância Aquarela em Saudades lembrou os mortos. Uma missa de 7º de sétimo dia foi realizada na porta da escola e reuniu familiares, professores e funcionários.
A volta às aulas nas redes municipal e estadual em Saudades está programada para o próximo dia 17/05. Já na creche Pro Infância Aquarela, onde os crimes foram cometidos, ainda não há uma data definida para a retomada dos trabalhos. O local deve passar por uma reforma.
Clubes de serviços formados por pessoas da comunidade se uniram e devem auxiliar o município na revitalização do local. Uma empresa doou tintas e a sala onde Fabiano Kipper Mai matou uma professora, uma educadora e três crianças será transformada em um parque infantil.
Segundo a Secretária Municipal de Educação de Saudades, Gisela Ivani Hermann, as obras devem começar nesta quarta-feira.
“A sala onde os crimes foram cometidos será demolida para construção de um playground e vamos realizar uma pintura nova em toda a creche”, afirma.
Enquanto isso, professores, funcionários e pais de alunos estão recebendo atendimento psicológico em uma espécie de preparação para o retorno às atividades na creche. “Esse retorno é gradual, temos consciência de que as crianças precisam de nós,” afirma.
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