A decisão foi tomada a pedido do procurador americano Kurt Lunkenheimer, com base nas “garantias feitas a Cabo Verde durante o processo de extradição” do empresário, concluído em 16 de outubro, com a chegada de Saab a Miami. Saab ainda responde a uma acusação, a de conspiração para lavar dinheiro.
A solicitação inclui apenas Saab, sem citar o empresário colombiano Álvaro Pulido, incluído no mesmo processo penal e atualmente foragido.
Os procuradores acreditam que Saab e Pulido transferiram 350 milhões de dólares obtidos ilegalmente na Venezuela para lavá-los através dos Estados Unidos.
Promotores americanos afirmam que os dois assinaram um contrato com o governo da Venezuela em novembro de 2011 para construir moradias para famílias de baixa renda.
Eles teriam lucrado e implantado um esquema de propinas, aproveitando-se da taxa de câmbio controlada pelas autoridades venezuelanas.
Saab é alvo de sanções do Departamento do Tesouro dos EUA desde maio de 2019, por lavar dinheiro obtido ilegalmente através de um sistema ed subsídios alimentares na Venezuela, e foi capturado em Cabo Verde em junho de 2020, com base em um mandado emitido pela Interpol.
A extradição de Saab, a quem a oposição venezuelana acusa de ser testa de ferro do presidente Nicolás Maduro, irritou Caracas.
O governo Maduro, que deu ao colombiano a nacionalidade venezuelana e um título de embaixador, lutou sem sucesso para evitar que o empresário fosse levado aos Estados Unidos. (Com agências internacionais)
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