O Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro (PJERJ) informou, em nota, que a denúncia do Ministério Público do Rio foi aceita pela juíza Gisele Guida de Faria, da Primeira Vara Especializada em Crimes contra a Criança e o Adolescente (Veca). O ator é acusado de armazenar arquivos contendo cenas de pornografia infantil tanto no computador pessoal quanto no celular.
A investigação do caso é feita pela Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) e está sob sigilo. Conforme informações da polícia, o ator teria se envolvido com um adolescente de 12 anos – o que configuraria estupro de vulnerável -, a quem ofereceu ajuda financeira. Os policiais começaram a investigar e, ao fazer uma busca e apreensão na casa do ator, na zona sul do Rio, encontraram, no último dia 15, imagens e vídeos de sexo protagonizados por crianças, o que justificou a prisão.
Como mostrou o Estadão, Dumont também é investigado por supostas relações sexuais com crianças e adolescentes na Paraíba, seu Estado natal. O caso foi denunciado em 2009, mas a investigação, que tramita em sigilo, não avançou. As tentativas de ouvir o ator foram frustradas. Após sua prisão no Rio, essa providência deve ser tentada novamente. A reportagem não localizou a defesa de Dumont.
Carreira
Dumont atuou em diversas novelas da TV Globo e da extinta Manchete, além de filmes e peças de teatro. Seu papel mais recente na Globo foi como o coronel Eudoro Mendes em Nos Tempos do Imperador, novela veiculada em 2021. A emissora informou nesta quinta que excluiu o ator de Todas as Flores, que ainda vai estrear na Globoplay.
“Diante dos fatos noticiados, a Globo tomou a decisão de retirá-lo da novela”, afirmou a emissora, em nota divulgada na última semana. “A suspeição de pedofilia é grave. Nenhum comportamento abusivo e criminoso é tolerado pela empresa, ainda que ocorra na vida pessoal dos contratados e de terceiros que com ela tenham qualquer relação.”
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