A decisão é da 19ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, e em tese anula a eleição que alçou Caboclo ao comando da entidade – acusado de assédio, o dirigente está afastado do cargo até pelo menos março de 2023. A CBF foi procurada pelo Estadão e informou que aguarda a publicação da decisão.
Além de anular os efeitos daquele assembleia, a Justiça indicou Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, e Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), como interventores. Os dois dirigentes tem 30 dias para organizar uma nova Assembleia Geral, que definirá o peso dos votos na eleição. Depois, um novo pleito será convocado.
De acordo com a decisão judicial, as funções dos cartolas se limitam à eleição. Eles não têm autonomia para administrar a CBF. A presidência é ocupada interinamente por Ednaldo Rodrigues, um dos oito vice-presidentes da entidade.
A decisão desta terça-feira restituiu a determinação de primeira instância. No fim de julho, o juiz Mario Cunha Olinto Filho, da 2ª Vara Cível da Barra da Tijuca, acatou pedido do MPRJ e destituiu toda a direção da CBF. Na ocasião, Rodolfo Landim e Reinaldo Carneiro Bastos foram nomeados para, transitoriamente, cumprirem as determinações judiciais, convocando o Colégio Eleitoral.
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