“Foi lindo falar com Eriksen”, disse Schmeichel, que fez duras críticas à Uefa por ter determinado a continuação da partida algumas horas depois do ocorrido em campo com o meia. “Nos colocaram em uma posição em que sinto que não deveriam ter nos colocado. Exigia que alguém mais acima dissesse que não era o momento de tomar decisões”, admitiu o goleiro do Leicester City.
Além de Schmeichel, o atacante Martin Braithwaite, do Barcelona, criticou a Uefa. “Não era o momento para jogar futebol”, afirmou o jogador, que revelou que Eriksen enviou uma mensagem de vídeo aos seus companheiros de seleção, pedindo que se concentrem nos jogos que faltam na fase de grupos da Eurocopa – contra Bélgica e Rússia.
Já o ex-goleiro Peter Schmeichel, pai de Kasper, revelou à TV inglesa BBC que o filho procurou tranquilizar a mulher de Ericksen, Sabrina Kvist Jensen, assim que a viu entrar em campo. O arqueiro da seleção correu em direção a ela e lhe disse-lhe que Christian estava respirando.
“Dá para ver a reação da… o meu filho Kasper correu em direção a ela, obviamente falei com ele. Ele correu na direção dela para lhe dizer que o Christian estava respirando porque ela pensou que ele tinha morrido. Depois ele voltou para trás, para confirmar se o que lhe tinha dito ainda se mantinha”, revelou Peter.
Schmeichel, de 57 anos, considerou “ridícula” a decisão da Uefa de retomar o jogo. “Uma coisa terrível destas acontece e a Uefa dá aos jogadores a opção de voltarem ao campo para os últimos 55 minutos ou voltar ao meio dia do dia seguinte, mas que opção é esta?”, questionou.
O ex-goleiro acrescentou que o resultado – derrota por 1 a 0 – deixou de ter importância. “Foi ridículo e o resultado do jogo é completamente irrelevante, para ser honesto. Os jogadores só jogavam se o Christian estivesse bem, mas foi muito, mas muito difícil e não entendo a decisão. O jogo se tornou irrelevante, como podiam eles jogar?”
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