Na final, ele obteve 36,15. Só ficou atrás do japonês Yuto Horigome, com 37,18. O americano Jagger Eaton, com 35,35, conquistou o bronze. Os outros brasileiros na disputa foram Felipe Gustavo e Giovanni Vianna, que não avançaram para a final.
Hexacampeão mundial, Hoefler vive em Los Angeles, na Califórnia, mas cresceu no litoral paulista. Ele é de Vicente de Carvalho, na periferia do Guarujá (SP), e começou a praticar a modalidade aos 9 anos na cozinha da casa dele. Vendo o jeito do filho para a coisa, o pai passou a incluir alguns obstáculos no trajeto até a garagem, passando pela sala, e o menino foi se desenvolvendo.
Quando tinha 13 anos e já estava ganhando prêmios relevantes para um adolescente em competições, como moto ou carro, seu pai sentou com ele e conversou sobre o futuro. Perguntou se era aquilo mesmo que ele queria, deu total apoio, mas já mostrou que ele precisaria ser competitivo para ter sucesso. Então todos os dias, após sair do trabalho como policial militar, ele levava Kelvin Hoefler para uma pista de skate.
Crescendo com regras mais rígidas em casa, ele foi se aperfeiçoando e, em 2014, decidiu se mudar para Los Angeles, onde teria muito mais facilidade para treinar por causa da abundância de boas pistas de skate. “Vi que lá era o lugar ideal, com ruas lisas e a cada esquina tinha um skatepark perfeito. Sabia que era um local para eu evoluir na modalidade e chegar ao patamar dos americanos”, disse.
No principal mercado do skate no mundo, ele começou a se enturmar e teve ajuda de muita gente. Acabou alugando uma cozinha na casa de uma amiga, onde morou até juntar mais dinheiro nos campeonato e conseguir comprar sua própria casa. Todo o esforço foi recompensado no Japão e ele se tornou o primeiro medalhista olímpico do Brasil no skate.