Ketleyn Quadros começou com sorte sua caminhada ao pódio em Tóquio, na noite de segunda-feira, pelo horário de Brasília (manhã de terça no Japão). Sua adversária da estreia, a hondurenha Ceglia David, sofreu problemas gastrointestinais e não apareceu para lutar. Ou seja, a brasileira venceu por fusen-gachi, equivalente ao W.O. do judô.
Assim, a porta-bandeira brasileira na abertura, ao lado de Bruninho, do vôlei, estreou direto nas oitavas de final, quando superou Gankhaich Bold, da Mongólia, por dois waza-ari, o que concretizou o ippon.
Nas quartas, a cabeça de chave número cinco fez um duelo equilibrado com Catherine Beauchemin-Pinard. As duas sofreram punições por falta de combatividade nos primeiros minutos do confronto. Quando faltava apenas um minuto para o fim da luta, a canadense acertou uma técnica de sacrifício e venceu por waza-ari.
Com a derrota, a brasileira de 33 anos vai disputar a repescagem, que começa por volta das 5 horas (de Brasília). Para alcançar o bronze, precisará vencer duas lutas. A primeira será contra a holandesa Juul Franssen, oitava colocada do ranking mundial.
Uma das mais experientes da delegação do judô brasileiro, Ketleyn voltou a disputar uma Olimpíada após um hiato de 12 anos. Sua estreia aconteceu em Pequim-2008, quando conquistou o bronze e entrou para a história por se tornar a primeira brasileira a levar medalha numa prova individual em Jogos Olímpicos.
Na bagagem, ela tem ainda o vice-campeonato mundial de 2017 por equipe mista. Neste ano, participou da conquista do terceiro lugar no Mundial de Budapeste, na Hungria, também por equipe mista.
BRASILEIRO CAI NA ESTREIA – Nascido no Japão, na cidade de Ibaraki, Eduardo Yudy foi superado logo em sua primeira luta. O brasileiro foi batido pelo israelense Sagi Muki por um ippon obtido em menos de um minuto de confronto, válido pela categoria até 81 kg. Muki foi campeão mundial em 2019 e é o cabeça de chave número 2 em Tóquio. Com a derrota, Yudy não tem chances de medalha.
Aos 26 anos, o brasileiro fez sua estreia em Jogos Olímpicos. Atual 24º do ranking mundial, ele foi ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019, campeão pan-americano em 2017 e terceiro colocado no Mundial deste ano, por equipe mista.
Apesar de nascido no país que é o berço do judô, Yudy tem pais brasileiros. Mas sua avó materna é japonesa. Em busca do treinamento de alto rendimento, o judoca se mudou para o Brasil quando tinha 19 anos.
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