Em ocasiões passadas, Durant já defendeu os benefícios da maconha e chegou a investir em negócios relacionados ao assunto. É o mais longe que um grande atleta profissional deste calibre chegou. “Acho que já passou da hora de acabar com os paradigmas em torno da cannabis que ainda existem no mundo dos esportes, bem como no mundo todo”, disse o jogador dos Nets em entrevista à ESPN americana. “Esta parceria vai nos ajudar a normalizar as conversas sobre o tema, bem como a criar conteúdo, eventos e muito mais por meio de nossa rede de mídia Boardroom. Este é apenas o começo para nós”, falou.
A Weedmaps não vende maconha diretamente, mas é uma plataforma de comércio eletrônico (e-commerce) que orienta os usuários a chegar até os vendedores. Quando questionado se faz uso da substância, Durant se recusou a responder à reportagem.
A NBA continua proibindo o usa da maconha entre os atletas. Atualmente, as regras da liga exigem quatro testes aleatórios por ano para a substância, entretanto, quando a liga foi paralisada em março de 2020 devido à pandemia do novo coronavírus e a “bolha” de Orlando foi criada, os testes foram suspensos e não voltaram para a temporada 2020-2021.
Representantes do escritório da liga e do sindicato dos jogadores disseram que existem conversas sobre o tema, mas atualmente não há planos concretos para mudar formalmente a regra. A liga ainda faz testes de drogas e no mês passado suspendeu o armador Jalen Harris, do Toronto Raptors, por um ano por causa de violações da política antidrogas.
O processo de acordo entre Durant e a Weedmaps foi demorado, sobretudo devido à delicadeza com que o assunto é tratado. As conversas entre o jogador, seu representante Rich Kleiman e a empresa, que se tornou uma empresa de capital aberto em junho passado, duraram cerca de seis meses.
Após o anúncio, outros atletas de alto nível, como a estrela da WNBA Sue Bird e o ex-jogador da NBA Matt Barnes, chegaram a comentar o assunto. “Há uma cultura em mudança e é preciso um superastro como KD para abraçar isso e ajudar os outros a não terem medo de discutir os benefícios. Isso tem sido um processo. Há vários anos que acontecem reuniões com a liga e o sindicato e ambos os lados contrataram especialistas para investigar isso. Este é um grande passo”, disse Barnes, um defensor da maconha que disse ter feito uso da substância durante a maior parte de seus 14 anos de carreira.
Durant está esperançoso com a parceria e pretende lançar uma campanha através de podcasts e vídeos nos próximos meses. O jogador dos Nets espera que alguns de seus colegas de liga se juntem a ele nas discussões sobre os benefícios do uso de maconha.
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