Laudo do IML aponta espancamento antes de execução dos cobradores de Icaraíma

Os médicos legistas do Instituto Médico Legal (IML) de Umuarama apontaram que Diego Henrique Affonso, Rafael Juliano Marascalchi e Robishlei Hirnani de Oliveira sofreram traumatismo cranioencefálico, politraumatismo e ferimentos por arma de fogo. Eles foram encontrados mortos junto com Alencar Gonçalves de Souza em Icaraíma.

Ainda segundo o IML, a data da morte das vítimas consta como ignorada nas certidões de óbito. A advogada Josiane Monteiro informou que a carteira de identidade de Rafael foi encontrada pelos legistas dentro de uma meia.

Mudança nas investigações

Os resultados dos laudos podem alterar o rumo das investigações policiais. A primeira versão indicava que o grupo havia sido morto em uma emboscada no início de agosto, em uma propriedade rural no distrito de Vila Rica do Ivaí, onde teria ido cobrar uma dívida de R$ 255 mil.

Após a localização e o desenterramento do veículo usado pelas vítimas, foram encontrados vestígios de sangue e perfurações de tiros no carro. Inicialmente, acreditava-se que eles haviam sido executados apenas por disparos de arma de fogo. No entanto, os exames revelaram sinais de espancamento antes da execução.

Suspeitos foragidos

O delegado chefe da 7ª Subdivisão Policial (SDP) de Umuarama, Gabriel Menezes, destacou que os detalhes seguem sob sigilo.

Dois suspeitos permanecem foragidos: Antônio Buscariollo e Paulo Henrique Buscariollo, pai e filho, já com mandados de prisão temporária expedidos pela Justiça. Eles são apontados como autores do crime.

A polícia, porém, não descarta a participação de outras pessoas. O secretário de Segurança Pública do Paraná, Hudson Teixeira, afirmou em entrevista que estados e até países vizinhos foram alertados sobre a fuga da família Buscariollo.

Além de Antônio e Paulo Henrique, também desapareceram um irmão apelidado de “Mamute” e suas esposas, após surgirem indícios de envolvimento no desaparecimento e assassinato das vítimas em Icaraíma.