“Eu realmente gosto da pista. Quando era mais jovem, sempre escolhia correr em São Paulo no videogame”, contou o piloto monegasco. “Ayrton Senna sempre foi o meu único ídolo. O Brasil é um lugar especial. As imagens do Ayrton e o público me fizeram sonhar em pilotar aqui”.
Leclerc conversou com jornalistas em evento organizado por um dos patrocinadores da Ferrari em um hotel na zona sul de São Paulo. O jovem piloto de 24 anos está em sua quarta temporada na Fórmula 1 e acelera em Interlagos pela terceira vez, já que o autódromo brasileiro não recebeu a corrida no ano passado em razão da pandemia de covid-19. Em 2019, ele protagonizou um acidente com Sebastian Vettel e não completou a prova brasileira. Em 2018, correndo pela Sauber, teve um bom desempenho e terminou em sétimo.
Leclerc chegou ao Brasil na noite de quarta-feira. Assim que desembarcou no aeroporto de Guarulhos, se surpreendeu ao ver um grupo grande de fãs, formado sobretudo por adolescentes, o esperando no local. Para o monegasco, o Brasil é um dos países em que já experimentou a recepção mais calorosa.
“Há quatro lugares no mundo absolutamente malucos em relação a essa recepção de fãs: Japão, Itália, México e Brasil. Eu vi isso no aeroporto ontem. As pessoas me esperando. Isso me deixa muito feliz. É muito especial. Muito feliz de estar aqui e sentir o apoio dos fãs. Me motiva mais para conquistar os resultados que busco”, enfatizou.
O piloto da Ferrari ocupa a sexta colocação na classificação do Mundial, com 138 pontos. Seu melhor resultado neste ano foi um segundo lugar que conquistou em Silverstone, na Inglaterra. A temporada tem sido boa, apesar de alguns contratempos, na sua avaliação.
“Está sendo uma boa temporada para mim. Infelizmente, perdi algumas oportunidades, como em Mônaco (em que não completou a corrida em virtude de uma falha no câmbio). Tirando essas corridas em que perdi pontos, estou feliz com minha temporada por enquanto com a minha performance e com o time, com a forma como trabalhamos. Estamos no caminho certo”, analisou.
A Ferrari superou a McLaren nas últimas três corridas e ultrapassou a equipe rival na classificação do Mundial de Construtores. As duas escuderias travam uma luta acirrada pelo terceiro lugar. No momento, a Ferrari tem 268.5 pontos contra 255 da McLaren. Leclerc entende que quem for mais consistente vai terminar o campeonato na frente. Além do GP de São Paulo, há mais outras três corridas até o fim da temporada: Catar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.
“Acho que temos grande chance de terminar na frente da McLaren em São Paulo e a McLaren costuma ser mais forte em Abu Dabi”, opinou. “Não conhecemos as duas corridas novas (Catar e Arábia Saudita), então não podemos dizer o que esperar. Nossos carros estão mais rápidos em algumas pistas, eles são mais rápidos em outras. No fim, quem for mais consistente é que vai terminar na frente”.
O piloto de Mônaco também disse que sua relação com o parceiro de equipe, o espanhol Carlos Sainz, é “muito boa”. O espanhol é companheiro de Ferrari de Leclerc desde o começo da temporada. Ele entrou na vaga do alemão tetracampeão mundial Sebastian Vettel, hoje na Aston Martin. “Temos que trabalhar em benefício do time. Acho que encontramos o equilíbrio juntos. Ele quer me vencer e eu quero vencê-lo. Isso faz parte, é algo natural. É uma ótima relação a nossa”, avaliou.
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