“Eu sempre me posicionei na busca do que for melhor para o Palmeiras e é dessa forma que seguirei trabalhando com meus companheiros do clube. Quero agradecer aos sócios e torcedores pelo apoio de sempre”, disse Leila ao Estadão.
Mario Giannini, ex-diretor do clube, enfrentaria Leila no pleito, mas a oposição desistiu de lançar um candidato. O nome de Luiz Osvaldo Pastore também foi ventilado, mas, em contato com a reportagem, ele negou a possibilidade de candidatura. E a oposição, sem conseguir se unir, preferiu não lançar candidatos para não perder de larga vantagem nas urnas. Segundo Pastore, o grupo ligado ao ex-presidente Paulo Nobre “inviabilizou uma frente ampla de oposição”, deixando o caminho livre para a dona da Crefisa e da FAM se eleger a nova presidente do Palmeiras.
Um importante integrante da oposição confirmou ao Estadão que não haveria força para concorrer em condição de igualdade com a empresária em razão da falta de unidade das correntes contrárias a Leila e criticou a futura presidente do clube. “Seria uma disputa injusta com o Palmeiras e seus associados. Uma disputa cujo final já se conhece. Uma vencedora populista, que dá vantagens para quem se submete e persegue quem não concorda com suas ideias”, disse. “Não achamos legítima essa eleição. Contra time escalado irregularmente, inicia-se o jogo?”, questionou o membro da oposição, sob condição de anonimato.
Leila Pereira definiu sua chapa com a presença de um remanescente da gestão Galiotte, Paulo Buosi. Maria Tereza Ambrósio Bellangero, Neive Conceição Bulla de Andrade e Tarso Luiz Furtado Gouveia serão os demais vice-presidentes. Além de Buosi, os outros têm também cargos na diretoria do Palmeiras. Maria Tereza é diretora estatutária de patinação, Neive integra o Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) e Tarso é diretor do departamento de interior.
O resultado ainda só não é oficial porque, pelo que prevê o estatuto, a chapa de Leila tem de primeiramente passar por aprovação do Conselho Deliberativo, sendo necessário um porcentual de 15% dos votos, cerca de 42, para ter seu nome na urna. Depois, resta à empresária conseguir mais de 50% dos votos na Assembleia Geral de Sócios para se tornar a mandatária do Palmeiras pelo próximo triênio.
“Eu aguardo a confirmação da minha candidatura no dia quatro de outubro pelo Conselho Deliberativo e depois a eleição no dia 20 de novembro na Assembleia de Sócios”, reforçou Leila.
Sem unidade, grupos que se opõem à gestão de Mauricio Galiotte não conseguiram chegar a um nome de consenso. O entendimento é de que apenas uma candidatura sustentada por diferentes grupos poderiam ameaçar a eleição da presidente da Crefisa, que patrocina o clube.
Leila Pereira tem ido com frequência ao clube social para encontros com sócios relevantes. Nessas breves reuniões, muitas vezes realizadas no restaurante do clube, explica suas propostas e pede apoio. Em seu período como conselheira, Leila se tornou personagem ativo internamente, para além de suas contribuições como patrocinadora da equipe, dando suporte a outros eventos.
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