Levantamento mostra baixo índice de infestação do Aedes Aegypti em Pato Branco

Focos do mosquito diminuíram devido ao cuidado da população e intenso trabalho de combate realizado pelos agentes de endemias

Os casos de dengue registrados em Pato Branco se mantêm em índices satisfatórios. Segundo o setor de combate a endemias do município, o resultado do Levantamento Rápido Amostral (Lira) realizado entre os dias 5 e 9 de abril mostra uma taxa de infestação de 0,5%. Na ocasião, foram realizadas 1.800 visitas e coletadas apenas dez larvas positivas.

Com o nível de infestação do mosquito Aedes Aegypti baixo, desde janeiro de 2021 até o momento o município registrou dois casos confirmados de dengue, sendo um autóctone, ou seja, de pessoa infectada na cidade; e um caso importado, em que a pessoa foi infectada fora do município e retornou doente.

Mesmo com baixos índices de contágio, a Vigilância Sanitária se mantém ativa no combate ao mosquito e continua realizando as vistorias, com cuidados redobrados devido à pandemia de covid-19.

De janeiro a março de 2021 foram realizadas 39.927 visitas de agentes em imóveis e estabelecimentos de Pato Branco. A vistoria do combate à dengue é feita na parte externa do imóvel, procurando identificar possíveis focos de mosquitos, e também na parte interna, onde o morador é orientado e recebe informativo.

O proprietário do local onde existem focos de mosquito, oferecendo risco à saúde da população, é notificado, e em casos reincidentes pode ser multado.

Dificuldade

Juliano Santos, assistente em Saúde responsável pelo trabalho de campo, afirma que os agentes de endemias estão encontrando um pouco de dificuldade no acesso as residências, mas que, mesmo quando o morador resiste, ainda assim são orientados. Ele garante que “os agentes estão vacinados, usam máscara e álcool 70% durante as visitas, além de se manterem informados sobre possíveis casos de covid-19 na residência para intensificar os cuidados e evitar possível contaminação”.

O setor de endemias prepara atividades de conscientização

Para os próximos meses, o setor vem trabalhando em atividades para conscientizar a população. A realização do mutirão de limpeza e do Dia D já estão sendo pensados, mas devido à incerteza da pandemia ainda não foi definida uma data específica. “A situação que estamos enfrentando impede que possamos nos programar no momento, mas fazemos o possível para manter o sucesso do combate à dengue”, afirma Juliano.

O mosquito transmissor da doença se prolifera onde tem água parada, por isso a orientação reforçada por ele é que a população fique de olho em suas casas, terrenos ou estabelecimentos comerciais. É necessário revisar as calhas e bandejas atrás da geladeira, manter a caixa d’água bem tampada, realizar uma vistoria em torno da casa regularmente, colocar areia em pratos abaixo das plantas, vedar ralos de locais não utilizadas no imóvel e manter potes de água de animais higienizados.

Santos pede a população para que o esforço comunitário seja contínuo no combate aos mosquitos que possam transmitir doenças. “O morador recebe a visita a cada dois meses para ser orientado e avisado sobre possíveis focos de mosquitos encontrados no local, mas o que realmente faz a diferença é o cuidado individual com o espaço em que mora. São essas atitudes que vão dar força ao combate à dengue”, declara.

Outros municípios

Segundo o informe semanal liberado pela Secretária Estadual de Saúde na última terça-feira (13), o Paraná registrou 873 novos casos de dengue. No total, 22 municípios paranaenses apresentam aumento de casos. São 51.599 notificações para a doença distribuída em 353 cidades. Outros 10.471 estão sendo investigados.

Na região Sudoeste do estado, a 8ª Regional de Saúde mostra números elevados. Segundo o boletim, entre o período de 30 de março e 13 de abril foram confirmados 24 novos casos de dengue na regional de Francisco Beltrão.

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