“Não podemos institucionalizar impeachment no Brasil, temos que aprender a discutir esses assuntos com muita seriedade”, declarou o presidente da Câmara à rádio Jovem Pan. Para ele, o País “não pode ser instabilizado politicamente a cada presidente que é eleito”. Segundo ele, a abertura de um processo neste momento “desestabilizaria a economia e pararia o Brasil”.
Para Lira, os trabalhos apresentados pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid trouxeram “realidades” que já estão sendo investigadas pela comissão. “A Presidência da Câmara tem o papel de atuar com imparcialidade e neutralidade e vai esperar o desenrolar dos acontecimentos”, disse.
Reformas
Para votações importantes na Casa, Lira pontua que busca o consenso, tanto entre os parlamentares quanto com os setores da economia. Sobre a reforma tributária, o presidente da Câmara avalia que chega num momento da discussão em que “as coisas tendem a subir um pouco a temperatura”. “Mas eu costumo dizer aqui sempre com muita paciência, com muita transparência, o assunto será discutido com os setores, com os setores produtivos, com o governo, com os entes federativos, com todos os que geram divisas e riquezas para o País”, afirmou.
“Eu acho que a ideia é boa, o conceito é bom, mas às vezes você erra na dosagem. Você aumenta alguma carga ali ou diminui alguma ação aqui, que podem gerar algumas distorções”, pontuou.
Conforme Lira garante, “não teremos aumento de carga tributária”. “Nós vamos trabalhar para que a reforma seja neutra, sem a sanha arrecadatória da receita. Iremos desburocratizar, simplificar, dar segurança jurídica, sem atrapalhar o crescimento do Brasil”, afirmou.
Em relação ao projeto de lei da privatização dos Correios, Lira afirmou que o relatório deve estar pronto nesta terça-feira, 6. Segundo ele, entre a segunda quinzena de julho e primeira semana de agosto, a matéria deve estar em Plenário para que seja discutida entre os parlamentares.
Voto impresso
Como uma pauta fortemente defendida pelo presidente Bolsonaro, Lira pondera que não tem queixa sobre a urna eletrônica, mas que não vê problemas em ter auditagem “para acabar com a versão que está posto na rua que tem fraude no sistema”. “Muito melhor uma averiguação matemática, calibrada, do que talvez uma eleição questionada”, comentou.
“O que temos que afastar são as versões. Tem muita versão sobre voto impresso, polarização sobre voto auditável, tem muitas situações que a população tem tido informações muito divergentes”, afirmou.
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