Lombadas eletrônicas deixam de operar a partir do dia 15

A Prefeitura de Pato Branco irá interromper os serviços de fiscalização eletrônica (lombadas eletrônicas)  na cidade a partir de 15 de dezembro, quando os equipamentos instalados em 12 pontos da cidade, cobrindo 30 faixas de monitoramento, serão desativados.

A decisão, conforme o diretor do Departamento Municipal de Trânsito (Depatran), Robertinho Dolenga, foi tomada após o término do contrato com a empresa responsável pelo gerenciamento dos equipamentos, que não será renovado nesta gestão. Ele explicou que, com a desativação, a administração municipal pretende possibilitar que a próxima gestão avalie novas estratégias para monitoramento de trânsito, incluindo mudanças nos locais ou nas tecnologias adotadas.   

Ao suspender o uso dos equipamentos, a prefeitura alerta para o impacto positivo do sistema até o momento. Os dispositivos, que começaram a funcionar em 15 de janeiro deste ano, foram instalados no final de 2023 e, segundo Dolenga, apresentaram resultados expressivos na melhoria da segurança viária. “Observamos uma redução de até 60% na velocidade dos veículos nas áreas monitoradas, além de uma queda significativa nos acidentes: 100% nos pontos com lombadas eletrônicas e 235% nos trechos com fiscalização de velocidade”, detalhou.

O diretor do Depatran explica que os equipamentos, foram instalados por meio de contrato de gestão e manutenção com uma empresa especializada. O município paga cerca de R$ 2.796,94 por faixa fiscalizada. Ele destacou que esse modelo é preferido porque evita que os municípios assumam a propriedade de equipamentos que rapidamente se tornam obsoletos, necessitando de substituições ou atualizações tecnológicas frequentes. Outro benefício do sistema terceirizado seria a eficiência operacional. Como os equipamentos pertencem à empresa contratada, ela é responsável pela instalação, manutenção e gestão do serviço, enquanto o município realiza o pagamento por faixa de circulação. Esse formato é amplamente adotado no mercado atualmente. “Se tivéssemos apenas uma faixa monitorada em cada ponto, pagaríamos apenas por essas 12 faixas, mas como os dispositivos cobrem várias faixas, o custo reflete essa amplitude de monitoramento”, complementou Dolenga.

Resultados e margem de eficiência

Durante quase um ano de operação, os dispositivos monitoraram aproximadamente 27 milhões de passagens de veículos pelos 12 pontos fiscalizados. Desse total, 51 mil veículos excederam a velocidade permitida, mas apenas 33 mil foram autuados. Dolenga explicou que essa diferença se deve à margem de erro regulamentada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que considera 7 km/h acima do limite como tolerável.

Planejamento futuro

Na avaliação de Dolenga, com essa decisão espera-se que a futura administração estude a necessidade de um novo sistema, podendo ajustar locais de instalação, limites de velocidade e até mesmo o formato de contratação.

Para reintroduzir a fiscalização eletrônica, será necessário realizar estudos técnicos e um novo processo licitatório. Dolenga enfatizou que o modelo implementado mostrou resultados positivos, mas destacou que a flexibilidade para repensar o serviço é fundamental para atender às demandas futuras da cidade.

Enquanto isso, motoristas e pedestres devem redobrar a atenção, especialmente nos pontos onde as lombadas eletrônicas mais contribuíram para reduzir o risco de acidentes.

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