
A deputada estadual Luciana Rafagnin (PT) apresentou requerimento ao governador do Paraná cobrando providências urgentes para resolver as recorrentes falhas nos telefones de emergência dos serviços públicos no estado. Municípios, especialmente no interior, têm enfrentado dificuldades para acionar os números 190 (Polícia Militar), 192 (SAMU) e 193 (Corpo de Bombeiros), colocando em risco a vida da população.
Relatos de cidadãos e gestores apontam para chamadas não completadas ou ausência de atendimento, mesmo em situações críticas. No Sudoeste, a Direção-Geral do SAMU confirmou que, nos últimos meses, ao menos 43 ocorrências não foram comunicadas devido a falhas no sistema.
Um caso recente e emblemático ocorreu em Cornélio Procópio, quando uma família não conseguiu acionar o Corpo de Bombeiros durante um incêndio em casa. A demora no atendimento resultou na morte de uma idosa, evidenciando o impacto das falhas na preservação de vidas.
Apesar da existência de aplicativos de emergência, os telefones convencionais ainda são o principal meio de contato. Dados do Ciruspar referentes ao 1º semestre de 2025 mostram que, das 24.924 chamadas registradas na região Sudoeste, 84% foram feitas pelo 192, 9% por aplicativo e 7% por canais alternativos.
“A falha no sistema de telefonia de emergência não é apenas um problema técnico, é uma questão de direito à vida e à segurança. Cada segundo de atraso pode significar a diferença entre salvar ou perder uma vida”, afirmou Luciana Rafagnin.
No requerimento, a parlamentar solicita que o Executivo informe as medidas já adotadas e promova ações imediatas para restabelecer, de forma definitiva, o funcionamento dos canais de emergência em todo o Paraná.
“Estamos cobrando transparência e ação imediata. Não podemos permitir que mais vidas sejam colocadas em risco por falhas evitáveis em um serviço essencial”, completou.
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