Com o intuito de dar maior visibilidade para a luta de pessoas surdas, o tradutor e intérprete de língua de sinais e produtor cultural, Robson Pereira, produziu um documentário sobre o tema, com o título “Sem limites para lutar”.
O produtor afirma que decidiu fazer a produção ao perceber as dificuldades dessa parte da população quando resolveu aprender a Língua Brasileira de Sinais. “Percebi a luta do sujeito surdo não só pela divulgação da língua, mas também pelo direito de uso dessa língua”, diz, complementando ainda que os surdos no Brasil tem um grande histórico de luta por seus direitos linguísticos e de acessibilidade.
Segundo Pereira, o título do documentário representa a história de vida do Vagner Bartokoski, que mesmo com suas limitações busca seus direitos e sonhos, minimizando problemas e fazendo das libras uma ferramenta de enfrentamento de suas barreiras.
O jovem conta ainda que foi influenciado pelo movimento punk dos anos 70, “o velho lema ‘Do it yourself’, que sempre me motivou, então fiz tudo praticamente sozinho, desde roteiro, entrevistas, gravação, interpretação em libras”, contando com a ajuda de sua esposa, Larissa de Quadros, para edição e revisão.
A produção do documentário foi viabilizado pela Lei Federal Aldir Blanc que, de acordo com o tradutor, tem grande relevância para fomentar a cultura, movimentar o município, artistas, produtores e outros cidadãos que apreciam a arte. “Todos saem ganhando, principalmente a cidade. É fundamental que a comunidade tenha conhecimento sobre suas raízes e tradições, isso é essencial na construção de uma sociedade inovadora e preparada para o futuro”, aponta.
Robson ainda comenta que falta espaço para todas as pessoas com deficiências e, envolvê-las em projetos, falar sobre o assunto, auxilia para que a história dessas pessoas sejam conhecidas e valorizadas, para que possam ser protagonistas da sociedade, complementando que é necessário aplicar as leis para garantir que a inclusão seja garantida.
O jovem comenta que produzir o documentário foi “um sonho realizado”, pois é apreciador do cinema e estava com essa ideia guardada por algum tempo, apenas esperando o momento e oportunidade certa. “Tendo o Vagner como protagonista, contando sua inspiradora história e a cidade de Pato Branco como plano de fundo, só precisei preencher o restante com criatividade.”
Além de todo o enredo, que por si já passa uma mensagem de inclusão, Pereira fala que todas as pessoas que “tem a arte dentro de si, devem acreditar em suas ideias, no trabalho e aproveitar as oportunidades para fazer acontecer”.
O documentário pode ser assistido aqui.