Na visão de Macron, a quebra de patentes para a produção de vacina por si só não resolve a questão no momento, tendo de serem levados em conta os insumos. “Qual é o problema agora? Não se trata realmente de propriedade intelectual. Você pode oferecer a um laboratório que não saberá como produzir – o primeiro problema é garantir doses”, afirmou o líder. Ainda assim, o francês se disse “favorável ao debate e à remuneração da inovação”, tendo em vista que desenvolvedores de pesquisa devem ser compensados.
Questionado sobre a posição da chanceler alemã, Angela Merkel, que se mostrou mais reticente à quebra das patentes, Macron indicou estar “de mãos dadas” com a contraparte, e que espera uma posição conjunta no âmbito da Comissão Europeia.
Mais cedo, a presidente do braço executivo da UE, Ursula von der Leyen, fez um aceno aos EUA, ao pedir que o país aumente suas exportações de vacinas contra a covid-19. “Nós convidamos todos aqueles que se envolvem no debate por uma licença para direitos de propriedade intelectual que se unam a nos para se comprometer a exportar uma parcela grande do que está sendo produzido naquela região”, afirmou a líder em coletiva após a Social Summit.
Macron defendeu ainda a UE como exportadora e a visão das “vacinas como bem público mundial”, e apontou para o mecanismo Covax como uma forma de distribuição de doses.
Comentários estão fechados.