Macron já havia tratado da questão anteriormente. Em janeiro deste ano, por exemplo, ele considerou que depender da soja brasileira seria “endossar o desmatamento”, tendo sido alvo de contestações do governo do Brasil.
Nesta sexta, ele lembrou que há uma lei de 2020 para não se comprar soja de áreas de desmatamento, mas que a França estaria em um “período de transição”.
O presidente francês disse que havia um acordo desde os anos 1960 entre países da Europa e das Américas para o fornecimento de grãos. Agora, ele afirmou que seu país tem um projeto de “soberania alimentar”, a fim de produzir localmente o alimento para o gado, por exemplo.
Macron comentou que a presidência francesa da União Europeia, no primeiro semestre de 2022, deve ser uma ocasião para se trabalhar pela redução de pesticidas e na “luta contra o desmatamento importado”.
O braço da ONG Greenpeace na França rapidamente comentou no Twitter a fala de Macron. Segundo a entidade, o presidente francês fala da importação de soja brasileira no passado, mas continuam a chegar ao país europeu “navios com dezenas de milhares de toneladas de soja” do Brasil.
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