O Madero fechou junho com R$ 1,8 bilhão em obrigações, incluindo a dívida bruta, arrendamentos, despesas com impostos e previdência – conta que subiu 17,3% ante dezembro.
Apesar do aumento da dívida, o Madero informa que chegou a um acordo com os bancos credores – BTG Pactual, Bradesco, Banco do Brasil e Itaú, todos presentes na coordenação do IPO.
Em 30 de junho, a empresa conseguiu obter o waiver (consentimento) para todas as suas obrigações previstas e que poderiam não ser cumpridas nos contratos de empréstimos e financiamentos. Entre junho e julho, em nova rodada de negociações com os credores, o Madero conseguiu uniformizar os acordos com os bancos, segundo o prospecto preliminar.
A expectativa é de que o IPO ocorra ao fim do terceiro trimestre ou no começo do quarto. Algumas reuniões iniciais para testar o interesse dos investidores e gestores foram feitas nas últimas semanas.
Dos recursos captados no IPO, que pode superar R$ 2 bilhões, de acordo com fontes, o Madero pretende utilizar 50% para investir na expansão de restaurantes e 50% para saldar contratos financeiros, conforme o prospecto. Na parte de expansão, a rede informa que tem potencial para abrir 400 unidades nos próximos dez anos, incluindo as bandeiras Madero e Jerônimo.
Além da oferta primária, com recursos indo para a empresa, haverá uma venda secundária de ações dos sócios, incluindo o empresário Junior Durski, que tem 65% da empresa. O fundo Madrid, da gestora americana Carlyle, que detém 27%, também venderá uma fatia. O fundo investiu R$ 700 milhões na rede em 2017.
Procurada, a rede Madero não comentou por estar em período de silêncio.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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