Com a chegada do frio, é comum que doenças respiratórias se espalhem rapidamente e com maior facilidade. A situação não é diferente com o vírus da covid-19 que vinha apresentando uma queda desde o início das vacinações contra a doença.
Até o momento, havia uma certa tranquilidade referente a infecções da covid-19, com o número de casos graves da doença e óbitos abaixo da média de 2021. No entanto, a calmaria tende a chegar ao fim com a chegada do inverno e liberação das máscaras, o que já está sendo identificado e faz com que as autoridades públicas olhem novamente para a covid-19, com o objetivo de impedir o retorno de casos mais graves.
Em boletim divulgado no dia 6 de abril pelo município de Pato Branco, a taxa de transmissão do vírus se encontrava em 0,21, enquanto o boletim da última quinta-feira (19) aponta um sutil aumento, com taxa de transmissão em 0,46, 581 casos ativos, 48 confirmados e 222 suspeitos.
Já os dados levantados pela Secretaria de Saúde em 19 de abril apontavam que, de 271 exames liberados, apenas 13 casos foram confirmados, 55 estavam ativos e 131 pacientes aguardavam o resultado do exame para comprovar a doença.
O aumento da transmissão do novo coronavírus pode ser notado também de um mês para o outro. Em abril, por exemplo, foram apenas 175 casos confirmados, enquanto o mês de maio já somou, até o dia 19, 858 casos confirmados.
Os óbitos referente a doença continuam com baixos números desde o início do ano, com 319 mortes acumuladas e taxa de letalidade em 1,3%.
Covid-19 será recorrente durante inverno
De acordo com a secretária de saúde de Pato Branco, Lilian Brandalise, o aumento da covid-19 tem acontecido devido à velocidade de transmissão de vírus e o poder de contaminação diante do contato. Dessa forma, “a doença está inserida na sociedade e daqui para frente teremos que conviver com ela, infelizmente”.
Mesmo com o aumento de casos, os internamentos e agravamentos da doença continuam baixos. O último boletim divulgado pela pasta mostrou apenas quatro pessoas internadas, sendo uma criança e um adulto em leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e uma criança e um adulto em enfermaria.
Liliam atribuiu a queda dos internamentos a ações preventivas de cuidado e, principalmente, a vacina. “A adesão da vacina comprovou estatisticamente a redução sintomática e ações sobre o índice de agravamento, internamento e óbitos relacionados a doença”.
Para a secretária, os fatores ambientais, paralelamente a outras doenças virais e respiratórias auxiliaram nesse aumento, “além de descuidos do ponto de vista da sociedade que deixou de lado medidas básicas de controle”.
Demandas de atendimento
Além de atendimentos referente a covid-19, o sistema de saúde também está com demanda expressiva de outras doenças infecciosas, como síndromes gripais que aumentaram nos últimos meses e também os casos de dengue.
“No caso da covid-19, os casos tendem a ser leves e evoluem para internamento apenas quando acompanhada de outras doenças crônicas”, comenta Lilian.
Plano de imunização
A campanha de vacinação contra a covid-19 continua e, de acordo com a secretária, a pasta se mantém atenta e atualizada nas mudanças de ações do Ministério da Saúde. “Nossa equipe vem participando cotidianamente de capacitações, sempre aplicando as ações o mais breve possível na medida da demanda e fornecimento de materiais imunológicos fornecidos pelo Estado e União”, afirma.
Até o momento, 88,32% da população de Pato Branco recebeu a 1ª dose do imunizante contra a covid-19; 91,58% a 2ª dose, lembrando que consta nessa categoria as pessoas que receberam a vacina em dose única; 54,69% foram imunizados com a 1ª dose do reforço; e 11,20% receberam a 2ª dose do reforço.
A Secretaria de Saúde continua comunicando sobre novas ações de vacinação contra a covid-19 através das redes sociais e também do site. A população pode se informar sobre a disponibilidade da vacina com a Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro em que reside.
Por fim, devido os aumentos de caso e a sazonalidade das doenças respiratórias, a secretária de saúde do município solicita que pessoas com sinais ou sintomas respiratórios mantenham o uso de máscara, principalmente em locais fechados e perante o convívio familiar. Lilian também comentou sobre manter os ambientes arejados, lavar as mãos e usar o álcool em gel com frequência, pois “são medidas que estamos acostumados e fazem a diferença na prevenção de viroses, incluindo a covid-19”.