Mais de 250 mil pessoas acompanham funeral do papa Francisco no Vaticano

Mais de 250 mil fiéis participaram do funeral do papa Francisco neste sábado, 26 de abril, conforme informações divulgadas pelo Vaticano. A cerimônia teve início na Praça de São Pedro com a Missa das Exéquias e foi concluída na Basílica de Santa Maria Maior, em um ato reservado, sem a presença do público, após um cortejo fúnebre de 5,5 km.

Assim que o caixão foi posicionado diante do altar externo da Basílica de São Pedro, o corpo de Jorge Mario Bergoglio foi recebido com prolongados aplausos dos milhares de fiéis que se aglomeraram na praça desde a madrugada. Muitos jovens, inclusive, passaram a noite no local para assegurar um bom lugar.

Por volta das 5h40 (0h40 no horário de Brasília), uma multidão já ocupava a praça. O acesso ao espaço foi liberado pouco depois, com fiéis correndo para garantir uma posição privilegiada para a última homenagem ao pontífice argentino. À medida que o sol surgia, a Praça de São Pedro ficou completamente tomada. Como medida de segurança, detectores de metal foram instalados nas principais entradas, e a polícia realizava revistas em mochilas e solicitava que os participantes bebessem da própria água.

A cerimônia contou com a presença de cerca de 50 chefes de Estado. Entre os líderes presentes estavam o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o presidente da Argentina, Javier Milei, além de dez monarcas europeus. O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, chegou a Roma minutos antes das 8h (3h no horário de Brasília), após ter indicado anteriormente que talvez não conseguisse comparecer devido à agenda apertada.

A missa foi presidida por Giovanni Battista Re, decano do Colégio dos Cardeais. Próximos ao altar, estavam posicionados 220 cardeais, 750 bispos e cerca de 4 mil padres. Durante a homilia, Battista Re descreveu Francisco como “um papa do povo, de coração aberto a todos”, destacando sua capacidade de comunicação espontânea e a lembrança da última imagem pública do pontífice — proferindo sua bênção de Páscoa no papamóvel.

O cardeal também ressaltou o empenho de Francisco em promover uma Igreja acolhedora, aberta a todos os fiéis sem julgamentos. “Ele foi movido pela convicção de que a Igreja é um lar para todos, com suas portas sempre abertas, capaz de se curvar diante de cada pessoa, independentemente de suas crenças ou condições, e curar suas feridas”, afirmou.

O compromisso de Francisco com a paz mundial também foi lembrado. O decano enfatizou que, diante dos conflitos armados, o papa levantou sua voz em apelos constantes pela paz e pela negociação, defendendo que a guerra representa “a morte de pessoas, a destruição de lares, hospitais e escolas”, e que “a guerra deixa o mundo sempre pior do que antes: é sempre uma derrota dolorosa e trágica para todos”.

Após a homilia, as orações dos fiéis foram conduzidas em vários idiomas: francês, árabe, português, polonês, alemão e mandarim, representando a universalidade da fé católica.

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