“Diferente e mais experiente” do que aquele que esteve no Morumbi há cinco anos, Calleri definiu sua primeira passagem como “aceitável”. “Sou uma pessoa que não se conforma com o que fez. Quando estive aqui em 2016, creio que fui aceitável. É verdade que a média de gols foi alta, mas creio que poderia ter jogado e feito muito mais gols”, disse.
Destacando a boa relação que tem com o São Paulo, Calleri garantiu que nunca teve a oportunidade certa de voltar ao clube desde sua saída e se mostrou animado com o retorno. “É mais uma oportunidade de sentir o carinho das pessoas e me sentir um jogador importante. O último time grande em que joguei foi o São Paulo. Não é a mesma expectativa do que atuar em um time pequeno da Inglaterra, da Espanha…”.
Ídolo nos seis meses em que esteve no futebol brasileiro, o atacante não deixou de mencionar a torcida são-paulina, que sempre manda mensagens para ele nas redes sociais. Ele ainda lembra da música feita em sua homenagem, cujo refrão era “toca para o Calleri que é gol”.
Falando sobre o time de sua primeira passagem, o argentino ressaltou a qualidade do elenco, mas reconheceu que havia problemas. Na época, o São Paulo chegou a ter quatro técnicos na mesma temporada. “É verdade que, em 2016, não era uma grande equipe, mas tinha jogadores como Ganso e Michel (Bastos), que davam uma outra categoria. Às vezes, o funcionamento não era o melhor, e perdemos muitas partidas que não tínhamos de perder”, disse.
Calleri também não poupou elogios ao time de Hernán Crespo e reconheceu a influência do treinador em relação à sua volta. “É uma equipe mais jovem agora. Crespo deu sua visão de jogo a ela. Creio que os jogadores estão se adaptando e têm uma ideia de como o Mister quer que joguem”.
O estilo ofensivo do técnico argentino também agrada ao novo atacante tricolor. Calleri é um fazedor de gols. “É uma equipe que se propõe a atacar e que os atacantes sempre têm opção de gols. Me haviam dado referências, tinha visto suas equipes anteriores, como Banfield e Defensa y Justicia. Ajuda muito que ele tenha sido um atacante”, apontou.
Há mais de quatro meses sem jogar, Calleri afirmou que tem vontade de entrar em campo, mas que precisa ser consciente e seguirá trabalhando até melhorar a forma física e poder ser relacionado para uma partida oficial. O argentino realizou seu primeiro treinamento com os novos companheiros na terça-feira, dia de reapresentação do elenco são-paulino.
Vale destacar que Calleri ainda não tem data para estrear. O jogador não foi regularizado no Boletim Informativo Diário (BID), da CBF, algo que o São Paulo espera resolver até o fim da semana. Depende de documentações. Antes de retornar ao Morumbi, ele disputou 27 partidas pelo Osasuna, da Espanha, onde marcou seis gols.
Em sua primeira passagem em 2016, o atacante fez 16 gols em 31 jogos pelo São Paulo, uma média de 0.51 por partida. Desde então, desempenhou abaixo do esperado durante o período que trabalhou na Europa. Apesar disso, a diretoria são-paulina espera que o argentino possa repetir o feito de cinco anos atrás, já que o setor ofensivo de Hernán Crespo vem deixando a desejar.
Em 18 jogos no Campeonato Brasileiro, o São Paulo balançou as redes apenas 15 vezes. O atleta com a maior média de gols no elenco não é um centroavante. É um ponta. O uruguaio Rigoni marcou nove gols em 21 partidas, o que equivale a uma marca de 0,43. Pablo (0,40), Luciano (0,26) e Éder (0,22) vêm logo atrás.
Para que Calleri alcance a melhor média da equipe tricolor na temporada, basta que os companheiros mantenham a performance e ele marque dez vezes nos 21 compromissos que restam neste ano. Caso o São Paulo passe pelo Fortaleza na Copa do Brasil e se classifique à semifinal da competição, serão 23 datas. O próximo compromisso do clube é pelo Brasileirão, no domingo, fora de casa, contra o Fluminense. Os paulistas estão na 15.ª colocação, com 22 pontos.
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