A pesquisa também mostrou que a maior concentração de desempregados está nessas faixas etárias. Dos mais velhos, 71% disseram estar fora do mercado de trabalho. Já entre os jovens, o índice é de 70%.
De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), o desemprego no Brasil atingiu 14,4% no trimestre encerrado em fevereiro, com 14,2 milhões de desempregados – recorde da série histórica iniciada em 2012. Também segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a maior desocupação está no grupo de pessoas entre 14 e 17 anos, com 42,7%. O índice é de 9% entre quem tem de 40 a 59 anos e 5% nos profissionais acima de 60 anos.
Entre os entrevistados no levantamento da Mindsight, 66% dos profissionais que têm mais de 51 anos de idade afirmaram já ter vivenciado alguma discriminação etária no mercado de trabalho. Já para aqueles que têm entre 41 e 50 anos, o índice cai para 43%.
O grupo menos prejudicado, segundo o levantamento, é o de pessoas entre 25 e 30 anos. Eles ocupam a última posição no ranking de desemprego, com 58%. Esses profissionais também são os que têm tido menos obstáculos para conseguir um emprego remoto durante a pandemia, com apenas 21% dos respondentes relatando ter dificuldades.
A experiência profissional ou a falta dela também têm sido um empecilho na vida de quem procura um emprego. Entre os respondentes da pesquisa, a taxa de desemprego é maior entre estagiários, 68%, e profissionais em cargos plenos, 65%. Já no topo da hierarquia, o índice cai para 59% em posições C-level (nível de liderança) e para 68% nos cargos de especialistas e gerentes.
Enquanto 81% dos profissionais em cargos júnior ou de estágio relataram já terem perdido oportunidades por não cumprirem todos os requisitos da vaga, 46% daqueles que estão em nível sênior ou C-level disseram já ter precisado omitir suas habilidades para concorrer às vagas ofertadas, já que o currículo pode demandar uma remuneração mais elevada.
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