“Rodrigo (Varanda), Kauê e Vitinho não fizeram bom jogo, erraram lances bobos, mas faz parte do amadurecimento. Estou aqui para colocar e tirar dentro do que achamos mais certo”, afirmou, após a derrota para o São Bento. “Não posso deixar de usar os meninos, são patrimônio, estão sendo formados. Mas tenho que saber o momento de tirá-los, pois vivenciam coisas diferentes e às vezes não estão prontos ainda para isso. Uma coisa é estar ganhando um jogo em casa e a outra é estar perdendo.”
Otero, Jô e Luan foram os substitutos dos garotos no 1 a 1 de sexta-feira e são os candidatos para tentar vaga na equipe ideal. O teste final será diante do Ituano, neste domingo. Nem a dupla de volantes titulares está confirmada, já que Mancini admite que vem testando ainda Gabriel ao lado de Cantillo.
“O time titular vai ser escolhido. Óbvio que quando você vê a linha defensiva atuando, gera expectativa de que esse é o time que vai jogar mais jogos. Mas não é bem assim, pois mesclei duas equipes. Será escolhido a partir da Sul-Americana. Hoje, não posso falar quem é titular e reserva”, afirmou.
A mescla é por causa da maratona de jogos. “O rodízio é uma necessidade, nenhum atleta conseguiria entrar em quatro jogos com oito dias. Temos de equilibrar o tempo de cada um em campo, não podemos jogar fora um planejamento com o que estamos vendo em campo”, advertiu.
Uma coisa é certa. Quer o Corinthians mais intenso, concentrado e imponente em campo. “Foram muitos erros de passes (contra o São Bento), vi alguns atletas simplificando muito o tipo de jogo, até por falta de confiança. O mais importante dentro da partida é readquirir a convicção, a confiança para podermos executar o que sabemos fazer e pressionar o oponente”, avaliou o técnico, sem esconder que já está sentindo a pressão.
O péssimo desempenho do Corinthians na temporada vem rendendo um turbilhão de críticas ao treinador. Contratado para livrar o time do rebaixamento em 2020, o técnico fez bem seu trabalho até certa parte do Brasileirão. Depois, perdeu a mão. Tem de ajustar o time para resgatar o torcedor.
“Eu acho que as críticas são justas, a partir do momento que a equipe não vem jogando bem. Você perde fora com dois erros individuais e empata em casa, é natural que a torcida esteja chateada, mas a divisão de responsabilidades tem de acontecer”, ponderou. “Essa pressão chega, todo mundo sabe disso. Mas maior é a nossa pressão, a pressão interna. Não é porque não temos torcida no estádio que não tem pressão. Tem cobrança. Os meninos que saíram hoje foram cobrados, assim como os mais experientes. A gente não vive num mar de rosas.”
Pediu, porém, um pouco mais de paciência. “Cobrança é importante, mas temos de entender que o momento é diferente, de pandemia, com quatro jogos em oito dias. O torcedor quer ver o time ganhando, nós queremos dar para ele alegria, prazer e orgulho de ver a equipe jogando. Às vezes a gente consegue, às vezes não. Mas não vamos deixar de trabalhar.”
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