Carlos Campolina é natural de Pedro Leopoldo, Minas Gerais, mas escolheu Pato Branco para viver após construir uma carreira de destaque como maratonista em importantes provas nacionais e internacionais. Aos 55 anos e com uma trajetória marcada por superação, ele decidiu retomar as competições para realizar um gesto especial: correr a Meia Maratona de Nova York, em março de 2025, em homenagem a seu pai, Geraldo Batista Campolina, falecido em 2023.
Sua estreia em maratonas internacionais aconteceu em 1994, na Maratona de Buenos Aires. Ao longo de 33 anos de carreira, Carlos participou de outras provas renomadas, como a Maratona de Berlim, na Alemanha, a Maratona de Londres, Inglaterra, e três edições da Maratona de Nova York, nas quais sempre evoluiu em sua classificação, chegando a ser o oitavo melhor brasileiro. Além disso, marcou presença em 22 edições da tradicional Corrida de São Silvestre, representando Pato Branco em 2018 e 2019. Carlos destaca que, nas duas ocasiões em que representou Pato Branco na São Silvestre, recebeu total apoio da prefeitura local, sendo prontamente atendido pelo então prefeito Augustinho Zucchi e pelo secretário de Esportes à época, Paulo Stefani. “Quando cheguei a Pato Branco, sabia que não seria fácil conseguir patrocínios, afinal, não sou natural da cidade. Mas fui surpreendido pela generosidade das pessoas e empresas locais. Com o apoio deles, estou ainda mais motivado a representar essa comunidade na Maratona de Nova York”, compartilhou Carlos.
Após a perda de seu pai, que sempre foi seu maior incentivador, Carlos encontrou forças nas memórias das conquistas que Geraldo tanto admirava. A saudade se transformou em motivação para retornar à icônica prova de Nova York, uma corrida que simbolizava o orgulho de seu pai. Como não pôde comparecer ao velório em Pedro Leopoldo, Carlos decidiu voltar a treinar e participar da prova como uma homenagem.
Mobilização por um sonho
A realização desse sonho, entretanto, exigiria mais do que preparo físico. Carlos precisou mobilizar a comunidade de Pato Branco para arrecadar recursos. A campanha começou com o apoio de empresários locais. Ele destaca que o Supermercado Center foi um dos primeiros a aderir, com uma doação inicial de mil reais. Este gesto inspirou outras empresas, como Agvel Veículos, Ortec Contabilidade, PatoCorte e Clínica Betiol, a se tornarem patrocinadoras master. Mas ele lembra que quem estiver disposto a ajudar pode contribuir com valores de cinquenta ou cem reais pelo Pix. “Quando alguém contribui com cinquenta ou cem reais, como estou fazendo agora, eu tiro uma foto com a pessoa e publico no meu Instagram, marcando o doador, seja ele uma pessoa, um estabelecimento ou uma clínica. Dessa forma, as pessoas podem ver quem está nos apoiando e contribuindo para o projeto.”
A imprensa local também teve um papel fundamental. Emissoras de rádio e TV divulgaram sua história, ampliando o alcance da campanha. Carlos ainda adotou uma abordagem criativa para engajar seus apoiadores: tirava fotos com os patrocinadores e publicava em suas redes sociais, agradecendo publicamente e destacando o impacto coletivo da iniciativa.
Determinação e gratidão
Com o apoio de seis patrocinadores master e diversas contribuições menores, Carlos está cada vez mais perto de realizar seu objetivo. A meia maratona de Nova York será mais do que um marco pessoal. Será uma oportunidade de homenagear seu pai, reforçar o poder da determinação e celebrar o esforço comunitário que tornou isso possível. “Cada apoio que recebo, seja financeiro ou uma palavra de incentivo, me dá forças para continuar. Meu sonho não é só meu; é de todos que acreditam em mim e na ideia de que, juntos, podemos realizar algo extraordinário.”
Após a prova, Carlos planeja visitar cada apoiador com a medalha conquistada, compartilhando sua conquista e reforçando que sonhos podem se tornar realidade com união e esforço coletivo.
Representando suas raízes
“Quero representar duas cidades que são muito importantes para mim: Pedro Leopoldo, em Minas Gerais, onde nasci e cresci, e Pato Branco, onde vivo atualmente. Aqui, as pessoas, as empresas e a comunidade têm me acolhido de forma incrível, e isso me enche de gratidão e motivação”, completa Carlos.
Mas os planos de Carlos Campolina não param por aí. O atleta planeja correr a 100ª edição da Corrida Internacional de São Silvestre em 31 de dezembro, quando a histórica prova nacional comemora o centenário. “Meu objetivo agora é também representar Pato Branco no centenário da São Silvestre, que será em 31 de dezembro de 2025. Essa será uma edição histórica, e com certeza muitas pessoas vão querer participar. Eu estarei presente na centésima edição dessa corrida tão especial”, conclui o maratonista.
Empresários ou pessoas físicas interessados em apoiar o maratonista Carlos Campolina em sua viagem a Nova York podem contribuir via Pix, utilizando a chave 46-99137-6659.
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