“Ela foi embora da minha casa. Foi doído. Foi muito doído. E foi uma fratura exposta, porque a imprensa acompanhava tudo. Todo dia eu tinha que falar sobre a separação, me explicar. Tinha fotógrafo na porta de casa. Foi difícil”, relembrou. “Depois de quatro anos de viúvo, me casei com a Carolina. Eu ia recompor a minha família. Ela perdeu a primeira gravidez num aborto espontâneo, logo depois, engravidamos de novo e o Davi veio”, contou.
Ele também comentou sobre sua primeira mulher, Cibele, com quem teve três filhos. Em 1993, ela morreu em um acidente. Na época, Marcos Frota interpretava o eterno Tonho da Lua, da novela Mulheres de Areia, da TV Globo.
“Estava experimentando o sucesso, me dando o direito de tomar a taça da vitória. Vieram todos os prêmios, o reconhecimento, a ocupação do horário nobre na TV Globo. Mas cai em todas as armadilhas que o sucesso pode proporcionar ao artista. Até que perdi a minha esposa… Carrego uma culpa comigo. Eu devia ter ficado colado nela”, lamentou.
“Se eu cuidei do Tonho da Lua durante nove meses, quando experimentei a dor da perda do maior presente que a vida me deu, que foi a minha esposa, quem cuidou de mim foi o Tonho da Lua, porque ele tinha preparado o meu tecido interno para não fazer da dor um marketing. A dor também é amor. Você não pode desperdiçar a dor. Ela é proveito pro teu espírito, ela é alimento para a tua alma.”
O ator declarou que o que o curou da tristeza naquele momento foi o trabalho. “Eu não tinha essa consciência que estou tendo agora. A minha vida caiu num redemoinho. Nada mais fazia sentido, já que eu fazia tudo para ela. Em vez de reclamar, agradeci por aquele momento, porque iria virar o pai e a mãe dos meus filhos. O que me curou muito foi o palco, foi o trabalho”, finalizou.
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