Com a compra, a empresa passará a deter até 226.010.428 papéis da produtora de alimentos. A aquisição pode consolidar a Marfrig como a maior acionista da BRF e também aproximá-la da cláusula de “poison pill” da companhia.
O estatuto social da BRF determina que qualquer acionista que se torne titular de 33,33% das ações da empresa terá de divulgar este fato e lançar, em até 30 dias contados a partir da aquisição mais recente, uma oferta pública de aquisição (OPA) para todos os demais acionistas. O preço da OPA embutiria um prêmio de 40% sobre a média de preço das ações da BRF nos 120 dias anteriores e também nos 30 dias anteriores.
Em comunicado, na semana passada, a BRF ressaltou que continua sendo uma empresa sem controlador definido, com ações dispersas no mercado.
Além da Marfrig, seus maiores acionistas são o Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, o JPMorgan, a Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, e a Kapitalo Investimentos.
A Marfrig começou a avançar no capital da BRF nas últimas semanas, inicialmente comprando uma fatia de 24,23% da empresa, dona das marcas Sadia e Perdigão. Uma parte dessas ações veio da Previ, que desmontou parte de sua posição na BRF, antes em 9%.
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