Dom Edgar Xavier Ertl
Em 1974, o papa Paulo VI escreveu um documento sobre a devoção a Maria (Marialis Cultus) que continua a ser a norma para a devoção mariana entre os católicos. O que é próprio da devoção mariana é que deve estar em função de Cristo. Isso significa primeiramente que não pode haver culto à Maria em si mesma, mas no papel que ela tem no mistério de Cristo. Estamos iniciando o mês de outubro e, entre outras devoções, dedicamos à Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe. Outubro também é conhecido como o “Mês do Rosário”. Aos católicos do Brasil, um mês especial, o dia 12 – Dia de Nossa Senhora da Conceição Aparecida.
Seguimos as recomendações do São Paulo VI. Antes de mais nada, a Virgem Maria foi sempre proposta pela Igreja à imitação dos fiéis, não exatamente pelo tipo de vida que ela levou ou, menos ainda, por causa do ambiente sociocultural em que se desenrolou a sua existência, hoje superado quase por toda a parte; mas sim, porque, nas condições concretas da sua vida, ela aderiu total e responsavelmente à vontade de Deus (cf. Lc 1,38); porque soube acolher a sua palavra e pô-la em prática; porque a sua ação foi animada pela caridade e pelo espírito de serviço; e porque, em suma, ela foi a primeira e a mais perfeita discípula de Cristo, o que, naturalmente, tem um valor exemplar universal e permanente (cf. MC 35).
O Santo Rosário
Paulo VI escreve sobre o exercício de piedade, que já foi chamado “o compêndio de todo o Evangelho”, o Rosário, ou então o Terço e ainda “Coroa de Nossa Senhora”. A esta prática vigilante atenção e diligente solicitude. Assim, mais de uma vez recomendaram a recitação do Rosário, favoreceram a sua difusão, ilustraram a sua natureza, reconheceram-lhe aptidão para desenvolver uma oração contemplativa, de louvor e simultaneamente de súplica, recordaram a sua conatural eficácia para promover a vida cristã e o empenho apostólico (MC 46). Paulo VI comenta que apareceu numa luz mais viva a índole evangélica do mesmo Rosário, na medida em que se salientou que ele vai haurir ao Evangelho o enunciado dos mistérios e as fórmulas principais; no Evangelho se inspira, ainda, a sugestão para aquela atitude com que o fiel o deve recitar, a partir da jubilosa saudação do Anjo e do correspondente assentimento religioso da Virgem Maria; e do Evangelho, enfim, lembra, no suceder-se das Ave-Marias, um mistério fundamental, a Encarnação do Verbo, contemplado no momento decisivo da Anunciação feita à Maria. O Rosário, por conseguinte, é uma oração evangélica, como hoje em dia, talvez mais do que no passado, gostam de a definir os pastores e os estudiosos cf. (MC 44). Por fim, recomenda o Papa aos fiéis católicos: Queremos, entretanto, recomendar que, na difusão de tão salutar devoção, as suas reais proporções não sejam nunca alteradas, e que jamais ela seja apresentada com inoportuno exclusivismo: o Rosário é uma oração excelente, em relação à qual, contudo, os fiéis se devem sentir serenamente livres, e solicitados a recitá-la com compostura e tranquilidade, atraídos pela sua beleza intrínseca (cf. MC 55).
Professores/as, nossos mestres do saber!
Nossa Diocese tem uma bonita história de presença no universo da Educação. E, desde 2019, foram desenvolvidas muitas atividades em apoio e sintonia com o Pacto Educativo Global, proposta ousada, profética e inovadora do Papa Francisco. A Campanha da Fraternidade de 2022 tratou do tema da Educação, inspirada no lema “fala com sabedoria, ensina com amor”. Outro dado importante: tem crescido nesta Igreja Local a consciência da urgência e importância da Pastoral da Educação nas paróquias. Neste domingo, 15 de outubro, nas celebrações litúrgicas, estarão presentes a comunidade educativa – docentes e discentes, profissionais em educação e famílias para um momento de preces e súplicas em favor desta causa nobre que é a educação e seus protagonistas. Parabéns queridos/as professores/as!
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