Mariópolis colhe mais de 1.100 toneladas de uva

O Município de Mariópolis finalizou a avaliação da colheita da última safra da uva, o seu produto agrícola mais tradicional. De acordo com Nadir Rissardi Primo, diretor do Departamento de Agricultura e Meio Ambiente, os aproximadamente 70,73 hectares de área cultivada renderam uma produtividade de 1163,5 toneladas. As variedades bordô renderam a maior colheita, com mais de 770 toneladas, enquanto as niágara renderam aproximadamente 350 toneladas.

As uvas bordô são destinadas totalmente para a produção de vinhos e sucos. “O que vai in natura é as niágaras, acredito que umas 200 toneladas. O restante vai para a produção de vinho branco”, analisa o diretor, acrescentando que se trata de uma estimativa aproximada.

A colheita da uva em Mariópolis é bastante aguardada pelo mercado regional. Tradicionalmente, a produção começa a ser escoada na Festa da Uva, principal feira setorial do município. Porém, por conta da pandemia de Covid-19, o evento não foi realizado.

Nadir explica que os números da colheita serão analisados e utilizados para desenvolver iniciativas de auxílio aos produtores locais. O objetivo é seguir aumentando a produtividade e a qualidade das uvas nas novas safras.

O rendimento dos parreirais não foi dos maiores, cerca de 16 toneladas por hectare. Mas segundo Nadir, isso se deu por conta das fases iniciais de desenvolvimento de algumas plantas, que ainda não estão em idade produtiva.

Vendas

Apesar da não realização da Festa da Uva, Nadir comenta que a comercialização foi bastante satisfatória. Ainda que a festa seja um grande chamariz para o produto e seus derivados, uma parte significativa da produção é comercializada ao longo de 30 a 40 dias após o evento, nas próprias propriedades. A venda diretamente com os produtores se repetiu, apesar da falta do evento.

Visitar os sítios e os parreirais e adquirir uvas direto do produtor já é uma tradição de longa data em Mariópolis, explica o diretor. Há ainda quem faça questão de colher suas próprias uvas, uma atividade que surgiu naturalmente e acabou sendo agregada as várias ações de turismo rural no município. “Muita gente sai da cidade, mesmo tendo o produto no mercado, e vai colher na casa do produtor, debaixo dos parreirais. Isso já virou tradição”, conta.

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