“História da cloroquina começa quando Brasil se depara com trabalho científico produzido em Manaus que resultou na morte de 22 pacientes e esse dado é grave. Nesse momento, o Ministério da Saúde reúne seus técnicos para criar documento para proteger a população brasileira e orientar médicos sobre doses seguras desse medicamento”, afirmou ela.
Ao ser questionada pelo relator, Renan Calheiros (MDB-AL), sobre o motivo pelo qual o governo não teria seguido as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a cloroquina, Mayra criticou posturas adotadas pela organização durante a pandemia, destacando ainda que o Brasil não seria obrigado a seguir a OMS.
“Brasil não é obrigado a seguir orientações da OMS, se assim fizéssemos teríamos falhado, assim como OMS falhou várias vezes”, disse ela. “A OMS determinou que não era necessário uso de máscaras porque seria vírus pesado, foi necessário que seis meses depois um grupo de cientistas fizesse carta à OMS, milhões foram contaminados por causa dessa orientação da OMS”, afirmou Mayra.
Ela ainda disse não saber quem orientou o laboratório do Exército a aumentar a produção da cloroquina. “O ministro Mandetta deveria saber porque ele era o ministro. Não sei informar”, respondeu.
Perguntada ainda sobre o motivo de a nota sobre o uso da cloroquina ter sido retirada da página do Ministério da Saúde, a secretária argumentou que isso decorre da decisão do ministro Marcelo Queiroga em trabalhar na Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) um protocolo para tratamento da covid.
“Essa orientação número 17 também deve ser transformada num documento, numa proposta de protocolo clínico para tratamento ambulatorial da covid. Foi retirada (do site) porque novo documento está sendo elaborado”, afirmou a médica.
Comentários estão fechados.