A senadora é a única mulher a se apresentar para a disputa até agora e integra o grupo de desafiantes da chamada terceira via ao Palácio do Planalto. O presidente do MDB, deputado Baleia Rossi (SP), disse que o anúncio será feito ainda neste mês, mas a data não está fechada. “Vamos oficializar, sim”, afirmou ao Estadão. “Simone tinha pedido para aguardar o final da CPI apenas para não confundir os temas. A ideia amadureceu muito dentro do partido. Já existe um apoio muito grande para o lançamento da pré-candidatura.”
Após ocupar o Planalto com Michel Temer, na esteira do impeachment de Dilma Rousseff, o MDB quer voltar ao jogo político. Uma ala do partido, no entanto, é contra a estratégia de candidatura própria. Os líderes do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (TO), e no Senado, Fernando Bezerra Coelho (PE), defendem o apoio a Bolsonaro. Na outra ponta, senadores como Renan Calheiros (AL) e Jader Barbalho (PA), além do ex-presidente do Senado Eunício Oliveira (CE), são próximos ao ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva.
Nos últimos meses, Simone Tebet teve encontros virtuais com representantes do mercado financeiro e participou de grupos de discussão política, como o Direitos Já e o Prerrogativas. A exposição que ela ganhou na CPI é citada como um impulso para sua candidatura.
“A CPI deu conhecimento da qualidade, desenvoltura e do preparo dela, jurídico e político”, disse Baleia.
Na prática, nem Simone nem o MDB descartam abrir mão da pré-candidatura para negociar o apoio a um concorrente de outro partido. “Claro que para sentar à mesa você tem de querer apoio, mas também tem de se dispor a apoiar alguém, se for a melhor conjuntura”, observou Baleia. “Mais importante do que ser de um partido ou de outro é o centro ter um nome competitivo para ganhar do Lula e do Bolsonaro”, afirmou o deputado Alceu Moreira (MDB-RS).
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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