“Esta medalha é importante, mas não vai mudar minha vida. Ela vai me ajuda a abrir portas, mas tenho de continuar firme em busca dos meus objetivos. Ainda tenho que fazer aqui em Tóquio e depois que voltar para o Brasil preciso melhorar, disputar talvez dois Mundiais e obter vitórias”, disse o boxeador, depois de derrotar o jordaniano Hussein Iashaish, nesta sexta-feira, em uma da melhores lutas da Olimpíada de Tóquio.
Nascido em Osasco, Abner tentou várias modalidades esportivas – atletismo, basquete, futebol -, mas foi no boxe, por intermédio de um projeto social, o “Boxe – Mãos para o Futuro”, em Sorocaba, para onde a família se mudou em 2011, que o então garoto, de 15 anos, conheceu e se apaixonou pelo boxe.
“Meus pais sempre me apoiaram em tudo que eu quis fazer na vida.Mesmo perdendo ou ganhando eles sempre estiveram lá para mim. Sempre torcendo, dizendo para eu continuar”, disse o lutador, que na terça-feira, diante do cubano Julio La Cruz vai tentar alcançar a final olímpica na categoria até 91 quilos.
Bicampeão brasileiro juvenil (2013 e 2014), bicampeão brasileiro de elite (2015 e 2016) e ouro no torneio Sul-Sudeste, Abner tem de agradecer a muitas pessoas por ter conquistado esta medalha, desde o professor Vladimir Godoi, que viu talento no garoto recém-chegado ao projeto social.
“Não se obtém sucesso e vitórias sozinho. Aprendi muita coisa com muita gente e vou continuar ao lado das pessoas que me ajudar a chegar até aqui. O caminho ainda é longo. Vamos em busca de mais vitórias porque o boxe brasileiro precisa e merece”, disse o boxeador, que precisou caminhar seis quilômetros diariamente para chegar à academia em que treinava quando era adolescente. Ele foi bronze no Pan de Lima-2019.
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