Esse idoso frequentava botecos e canchas de bocha, acabou pegando a covid e a mulher também se infectou. “Ela era dez anos mais jovem que ele, usava máscara direitinho e queria ser vacinada. E não tinha comorbidades. No entanto, o caso dela complicou, internamos no HC (Hospital das Clínicas de Botucatu), fizemos o possível, mas ela foi a óbito.” Naime conta que, nos 20 dias em que ela ficou internada, o marido manifestou profundo arrependimento. “Na hora do desespero abriu o coração. Se sentia culpado, entrou em episódio depressivo agudo, perdeu dez quilos, está com psiquiatra. Depois que ela foi a óbito, pediu para ser vacinado. Deu para sentir, nesse caso, o quanto as fake news foram danosas”, diz.
No outro caso, uma senhora de 56 anos – obesa, diabética e hipertensa – não tomou o imunizante quando teve oportunidade. “Não era só medo dos eventos adversos, mas também por influência das fake news. Dizia que preferia pegar covid do que tomar vacina.” O médico conta que, um mês após a alta, a paciente usou a rede social para dizer que a vacina valia a pena. “Ela disse que precisou ver a cara da morte para entender.”
Mas para Naime, diferentemente dos Estados Unidos e departes da Europa, a resistência à vacina é mais pontual. “Acredito que é porque o programa nacional de imunização está no ‘DNA’ do brasileiro. A crença na eficácia da vacina na memória dos brasileiros.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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