“Acho que é a primeira vez que eu peço desculpas em um discurso, aos fãs e ao Novak, porque todos nós sabemos o que você estava em jogo nesta noite. Eu nunca disse isso para ninguém, mas vou dizer agora, para mim você é o maior jogador da história do tênis”, disse o russo, diante das arquibancadas lotadas do Arthur Ashe Stadium, a quadra central do US Open.
Djokovic buscava o título para alcançar duas marcas poderosas na história do tênis: o recorde de troféus de Slam e o chamado “calendar-year” do Grand Slam, feito obtido quando o tenista ganha os quatro maiores torneios do circuito numa mesma temporada. Apenas o australiano Rod Laver alcançou essa marca na era aberta (e profissional) do tênis, em 1969.
Medvedev, por sua vez, conquistou um Slam pela primeira vez em sua carreira, após dois vice-campeonatos. Na comemoração, lembrou que neste domingo também celebra aniversário de casamento. Sua esposa Daria estava nas tribunas da quadra central.
“Quero fechar o meu discurso com doçura. Hoje é o meu terceiro aniversário de casamento com minha esposa. Durante o torneio, eu não conseguia pensar em um presente porque eu só queria chegar à final. E quando eu cheguei à semi eu pensei, ‘se eu perder, tenho que encontrar um presente rápido’. Mas aí eu ganhei e pensei: ‘se eu perder a final, não vou ter tempo de comprar o presente, tenho que ganhar o jogo’. Eu te amo, Dasha”, declarou.
Djokovic, por sua vez, agradeceu pelo apoio maciço da torcida na final, no segundo e terceiro sets. “Gostaria de dizer que, mesmo que não tenha vencido o jogo, meu coração está cheio de alegria e sou o homem mais feliz do mundo porque vocês me fizeram me sentir especial dentro de quadra. Nunca me senti assim em Nova York. Vocês me emocionaram”, comentou o sérvio, que exaltou Medvedev. “Parabéns, Daniil, partida incrível! Se tem alguém que merece um título de Grand Slam agora é você.”
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