Ontem, o MMA havia confirmado extraoficialmente a adesão, ao lado de outros cerca de 100 países. Como adiantou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, ao assinar o documento, o Brasil não tinha intenções de ampliar sua atuação de mitigação de gás metano, que é uma consequência de uma de suas atividades exportadoras mais importantes, a agropecuária.
Na nota do MMA de hoje, o governo esclarece que, ao aderir ao Acordo do Metano, o Brasil demonstra que já possui programas que tratam o tema, como a Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Plano ABC+.
O primeiro foi lançado em 2019, o Programa Nacional Lixão Zero, que representou avanços importantes no encerramento de cerca de 20% dos lixões no País. O programa também foi responsável por avanços regulatórios na conversão de lixo em energia, o que abriu o caminho para a inclusão da modalidade de “recuperação energética de resíduos sólidos urbanos”;
Já o Plano ABC+ é referência mundial, de acordo com o MMA, de política pública na promoção de tecnologias e práticas sustentáveis, com meta de redução de emissão de gases de efeito estufa, dentre eles metano, de 1,1 bilhão de toneladas no setor agropecuário até 2030. “O Brasil é parte da solução”, encerra o comunicado.
O acordo prevê a redução da emissão de metano em 30% na comparação com os dados do ano passado até 2030. No documento obtido pelo Broadcast, porém, está claro que o objetivo tem de ser cumprido pelo conjunto de países, e não há designação detalhada sobre qual a participação de cada nação, ainda que esteja implícito que todos devam fazer um esforço para cortar essas emissões em 30%.
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