“A agressão do senhor presidente da República não foi apenas à jornalista Laurene, mas a todos os brasileiros que anseiam por uma resposta à tragédia que atingiu mais de 500 mil famílias desde o início da pandemia, no ano passado”, diz a nota, assinada pelo presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), e pelo vice-presidente, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
“Tentar calar e agredir a imprensa é típico de fascistas e de pessoas avessas a democracia brasileira”, acrescenta o texto, que ainda tem entre os signatários o relator do colegiado, Renan Calheiros (MDB-AL), e mais sete senadores. São eles: Tasso Jereissati (PSDB-CE), Otto Alencar (PSD-BA), Eduardo Braga (MDB-AM), Humberto Costa (PT-PE), Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Rogério Carvalho (PT-SE) e Eliziane Gama (Cidadania-MA).
Na nota, os senadores ainda lembram que crimes contra a humanidade, como genocídios, não prescrevem. “Não chegamos a esse quadro devastador, desumano, por acaso. Há culpados e eles, no que depender da CPI, serão punidos exemplarmente”, afirmam. A oposição ao governo federal costuma chamar de “genocida” a postura do presidente Jair Bolsonaro na pandemia de covid-19, pela demora em negociar vacinas e por participar de aglomerações.
O chefe do Palácio do Planalto participava de evento da Aeronáutica, em Guaratinguetá (SP), ao insultar a jornalista. “Cale a boca, vocês são uns canalhas. Vocês fazem um jornalismo canalha, que não ajuda em nada. Vocês destroem a família brasileira, destroem a religião brasileira, vocês não prestam”. Ele tirou a máscara para atacar a repórter, o que, além de contrariar a recomendação de especialistas em segurança sanitária, é vedado por lei estadual.
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