Menos de 1% deixa de tomar a 2ª dose da vacina contra a covid no Sudoeste

Levantamento feito pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR), leva em conta o cronograma de vacinação, ou seja, somente entrou no cálculo, pessoas que deveriam ter recebido a 2ª dose contra a covid, mas que por algum motivo não regressaram para a aplicação

Na semana passada, o Tribunal de Contras do Estado do Paraná (TCE-PR), divulgou um levantamento feito em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU) no Paraná, que apontou a situação da evasão da segunda dose contra a covid-19 no estado, levando em conta, dados coletados no início de setembro.

Vale lembrar, que os dados levantados pela Superintendência da CGU no Paraná referem-se ao número de pessoas por município que tomaram a primeira dose da vacina até 30 de julho (no caso da Coronavac) ou 31 de maio (Pfizer e AstraZeneca) e, até o dia 3 de setembro, não haviam sido imunizados com a segunda dose.

De acordo com a classificação, o município paranaense com maior percentual de sua população sem tomar a segunda dose da vacina contra a covid-19 é Marilândia do Sul na região central do Paraná.

No momento do levantamento, 14,86% dos 8.793 moradores do município não tiveram a segunda dose do imunizante aplicada. Por outro lado, a melhor situação observada foi em Lobato no Norte, onde apenas dez dos 4.850 habitantes apresentavam atraso vacinal, o que representa apenas 0,2% da população local.

“A segunda dose é essencial para garantir a máxima proteção dos brasileiros, principalmente contra as novas variantes. A orientação é completar o esquema vacinal da covid-19, para que o caráter pandêmico da doença seja superado no país”, afirma o coordenador-geral de Fiscalização do TCE-PR, Cláudio Henrique de Castro. Ele lembra que essa é mais uma ação do Tribunal para auxiliar os gestores paranaenses no combate à pandemia.

Sudoeste

O mapeamento feito pelo TCE e pela CGU possibilita ter uma maior compreensão de como está a rotina vacinal do Sudoeste.

Do universo de 399 municípios paranaenses, 11 das localidades do Sudoeste integram o ranking de municípios que figuram na lista dos 200 com pior desempenho de aplicação da segunda dose.

Considerando os 630.873 habitantes estimados para a região, o estudo apontou que 6.121 pessoas não completaram o esquema vacinal, — que é considerado fundamental para o enfrentamento da pandemia —, o que implica em dizer que 0,97% da população do Sudoeste, no momento da análise dos dados faziam parte da chamada evasão vacinal.

Em números absolutos, Francisco Beltrão, se destaca com 1.415 pessoas que não retornaram para a aplicação da segunda dose, o que corresponde a 1,51% da população estimada. Contudo, proporcionalmente, Boa Esperança do Iguaçu, que possuiu uma população considerada de 2.437 habitantes, apresentou no momento do levantamento, 71 fugas vacinais, o que representa 2,91%.

Pelo ranking também é possível observar os destaques em aplicação de segunda dose.

Em Marmeleiro, até o momento do levantamento, 31 pessoas não haviam recebido a dose dois, o que quer dizer que 0,21%, já em números absolutos, Bom Jesus do Sul, apontava uma necessidade de aplicação de segunda dose em oito pessoas (0,23%).

TCE cobra ações para ampliação da aplicação da 2ª dose de vacina anti-covid

Com base no levantamento feito em conjunto com a Superintendência Controladoria-Geral da União (CGU) no Paraná, o Tribunal de Contras do Estado do Paraná (TCE-PR), pontuou na semana passada que a análise dos dados é constante, e que serve como ferramenta para auxiliar os municípios a enfrentar a evasão em relação à segunda dose da vacina.

Ainda na segunda-feira (25), o Tribunal encaminhou aos gestores municipais, orientações buscando adotar quatro medidas para melhorar os índices de imunização.

A primeira é a busca ativa, para identificar e localizar aqueles que não completaram o esquema vacinal. Após essa etapa, deve ser feito o contato por telefone ou visita domiciliar aos faltosos, trabalho a ser realizado preferencialmente por agentes comunitários de saúde.

A terceira medida recomendada pelo TCE-PR é a realização de campanha institucional – no site e nas redes sociais da prefeitura – sobre a importância da vacinação, a efetividade e a segurança de todos os imunizantes disponíveis hoje no Brasil. Por fim, as prefeituras devem assegurar total transparência do processo de vacinação, à população e aos órgãos de controle, como as câmaras municipais e o Tribunal de Contas.

 Ainda, no ofício encaminhado aos 399 municípios paranaenses, o TCE-PR, solicitou as prefeituras informações sobre legislação que institui o “passaporte da vacinação”, exigindo dos cidadãos a apresentação da carteira de vacinação da covid-19 para entrar em locais públicos ou participar de eventos. Caso ainda não tenham aprovado esta lei, os municípios poderão informar se possuem a intenção, ou não, de institui-la.

Segundo levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), até 23 de setembro ao menos 249 municípios já haviam criado regras do tipo.

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