Em transmissão ao vivo nas redes sociais nesta quinta-feira, Bolsonaro reiterou que, na sua avaliação, os manifestantes da última terça-feira pediam liberdade de expressão e “eleições transparentes” – ou seja, a adoção do voto impresso, tema já derrotado no Congresso.
“Foi uma manifestação pública, pedindo legalidade, nada mais justo”, afirmou o presidente. “Quero parabenizar a todos que se manifestaram pacificamente no último dia 7”, acrescentou.
Contudo, foram as ameaças de Bolsonaro ao STF nos atos do feriado da Independência que maximizaram a crise entre os poderes. Na ocasião, o chefe do Planalto chamou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, de canalha e disse que não mais respeitaria decisões vindas do seu gabinete. No dia seguinte, o presidente da Corte, Luiz Fux, alertou que isso seria crime de responsabilidade.
Hoje, com ajuda do ex-presidente Michel Temer, Bolsonaro divulgou uma carta à nação em que recuou de sua radicalização e garantiu que respeita as instituições – embora agora à noite tenha repetido elogios aos atos marcados por ameaças à Suprema Corte.
“Todos têm que se curvar à Constituição, sem exceção”, disse ainda o presidente, em um novo sinal de que considera as mais recentes decisões do Judiciário como inconstitucionais.
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