A designação dá à Pemex o controle de gestão do desenvolvimento conjunto e ocorre quando o presidente Andrés Manuel López Obrador intensifica os esforços para reverter partes essenciais de uma reforma em 2014 que abriu a exploração e produção de petróleo ao investimento estrangeiro. A Talos, que fez a descoberta em 2017, disse que deveria ser a operadora do depósito compartilhado. O Ministério da Energia concedeu à mexicana o controle do empreendimento depois que as empresas não chegaram a um acordo.
López Obrador, que se opôs à abertura ao investimento privado feito por seu antecessor, congelou os leilões de novos blocos de petróleo quando assumiu o cargo no final de 2018. Seu governo também promoveu mudanças no Congresso nas leis de hidrocarbonetos e eletricidade que buscam favorecer as empresas estatais de energia, embora tenham sido bloqueadas pelos tribunais.
A decisão sobre o campo de Zama pode desacelerar os investimentos de outras empresas privadas entre as que ganharam blocos nos leilões realizados entre 2015 e 2018, afirmam alguns analistas.
A americana afirmou que está “muito decepcionado” com a decisão, já que a empresa tem demonstrado consistentemente que é qualificada e capaz de ser a operadora, acrescentando que seu plano de desenvolvimento maximiza a recuperação de petróleo e gás com valor para o México. O consórcio investiu US$ 325 milhões até o momento no bloco, enquanto a Pemex ainda não perfurou nenhum poço de avaliação em seu lado do campo.
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